A presença de Anderson Polga é a única garantia no eixo da defesa, apesar de Daniel Carriço ter sido convocado para a segunda mão com o At. Madrid. A ausência de Tonel e o facto de o jovem central ainda não estar a 100 por cento desviam as atenções para quem será o outro eleito de Carlos Carvalhal, companhia que o próprio Polga disse desconhecer na véspera do importante encontro.
«A equipa só é conhecida no dia do jogo. Não sei quem vai jogar, não posso dizer quem vai ser meu companheiro, até porque nem eu sei se vou ser titular. Mas todos se encontram à disposição para fazer um bom trabalho, todos estão sempre à espera de entrar bem e ajudar a equipa. É um jogo decisivo, importante e quem não vem sendo aproveitado trabalha para que a oportunidade surja», defendeu o central brasileiro, na antevisão do encontro.
Polga reconheceu que é mais fácil para aqueles que habitualmente jogam, mas lembrou que o trabalho é idêntico para todos: «Claro que o entrosamento é fundamental, mas os que não jogam têm o mesmo trabalho e sabem o que devem fazer, o que o treinador quer. Existe vontade e determinação de quem não tem jogado para aproveitar as oportunidades. Uma equipa forte no geral pode fazer com que os jogadores não sintam a falta de competitividade e possam ultrapassar a falta de jogo.»
Impedir jogadores como Forlán e Agüero de serem bem sucedidos é trabalho acrescido para uma defesa, mas não impossível de ser bem realizado, garantiu Polga. «Temos de fazer o nosso jogo e da maneira que a nossa equipa se portar o Atlético vai conseguir jogar ou não. Temos de ser equilibrados, fortes e concentrados em todos os minutos e isso conseguimos enquanto equipa. Marcar jogadores com capacidade técnica elevada é sempre difícil, mas é possível se a bola não chegar até eles e estivermos sempre concentrados.»
Cerca de 35 mil bilhetes foram vendidos até ao momento, o Sporting perspectiva ter uma casa com 40 mil adeptos e Polga agradeceu a euforia nas bancadas. «Estamos felizes com o apoio, sentimos a energia positiva nos últimos jogos, mas não podemos levar essa euforia para dentro de campo, porque vamos defrontar uma grande equipa, deixamos isso para os adeptos», observou, considerando que não há favoritos: «Não somos nem nunca fomos favoritos, é como em Madrid, 50 por cento para cada lado.»