O facto de não ter efectuado a terceira substituição, embora ainda tivesse Hélder Postiga no banco, foi esclarecido por Carlos Carvalhal com imperativos tácticos:
«É muito simples: estávamos a jogar com três defesas apoiados pelo Pedro Mendes, dois pontas-de-lança, com o Miguel no meio-campo e o Matias e o Vukcevic nas alas. Há que manter equilíbrios até ao fim. Se passássemos a jogar só com dois defesas, a cinco minutos do fim a eliminatória podia ficar arrumada num pontapé para a frente. Arriscámos o que tínhamos de arriscar, tirar um médio defensivo ou mais um defesa não me pareceu o mais adequado.»
Carvalhal sublinha a ideia de que não foi por falta de homens na frente que o Sporting ficou a um golo do apuramento:
«Não é por meter muitos na frente que se criam mais oportunidades de golo. Ainda assim criámos as suficientes neste jogo. Há um penalty por marcar e uma bola na barra e se houvesse um pouco de justiça teríamos ganho, mesmo com todas as limitações. É verdade que a última meia hora não teve o fulgor do início de segunda parte, mas continuou a ser uma exibição de grande controlo, em que tivemos a bola muito tempo e mantivemos o At. Madrid longe da nossa baliza. Tivemos maior fluência nos primeiros 15 minutos, é verdade, mas é impossível jogar permanentemente com aquela intensidade. A atitude dos jogadores foi fantástica do princípio ao fim, foram uns bravos.»