Carlos Queiroz já pode fazer a barba. A selecção portuguesa fez dois golos, colocou um ponto final na alergia à baliza, mas o ensaio de pouco mais serviu. A vitória frente à África do Sul (2-0) foi conseguida sem grande suor, e com um ritmo de jogo ao nível do que se esperava para este encontro particular.
Para além do regresso aos golos, Queiroz só terá mais um motivo para estar satisfeito. Três motivos, melhor dizendo. Nélson, Gonçalo Brandão e Edinho fizeram a estreia com as quinas ao peito e saíram-se bem, ainda que sem deslumbrar (o que seria difícil, dada a intensidade do encontro).
Para o fraco ritmo do jogo muito contribuiu o facto de Portugal ter chegado ao golo muito cedo. Bruno Alves marcou logo aos quatro minutos, ao terceiro canto consecutivo. Logo aí se percebeu que a oposição ia ser frágil, sobretudo ao nível das bolas paradas. Foi dessa forma que a equipa lusa chegou ao segundo golo, já na segunda parte. Twala marcou na própria baliza, pressionado por Edinho, na sequência de mais um pontapé de canto (56m).
Entre um golo e o outro, pouco ou nada se passou. Portugal controlou sempre o jogo da forma que quis, e sem acelerar muito. Oportunidades de golo foram escassas, e do outro lado Eduardo foi mero espectador. Um remate de Parker foi o único momento de algum incómodo.
Logo a seguir ao segundo golo Queiroz lançou Ronaldo e Simão, para além de Meireles e depois Moutinho, mas o jogo não melhorou. Bem pelo contrário. Com dois golos marcados, a equipa das quinas limitou-se a esperar pelo apito final. Sem grandes ilações a tirar, resta a Queiroz espera que a equipa tenha mesmo quebrado o jejum de golos, de forma a conseguir uma vitória na Albânia, em Junho.