O Portugal Open vai entrar na segunda fase da sua semana de duração. Já passou o fim de semana do qualifying, João Sousa foi eliminado logo na primeira ronda – frente a um… qualifier – Rui Machado também perdeu nesta quarta-feira… E é agora que os mais cotados do torneio português vão começar a dizer ao que vieram…

Este terceiro dia de Portugal Open voltou a ser amargo para mais portugueses. Já sem o nº1 nacional desde a véspera, Machado também deixou o quadro dos singulares masculinos. Nos pares femininos, Maria João Koehler e Bárbara Luz também se despediram, à vez, dos courts do Jamor.

O brilho foi concentrado por Gastão Elias, o grande vencedor do dia… com a colaboração de João Sousa. O nº2 português e 179 do mundo estreou-se no torneio a vencer o italiano Filippo Volandri (84º do ranking) por 6-4 e 6-3 (recuperando de um 0-3 no segundo set). Gastão entrou em grande. E vai agora defrontar, já nesta quinta-feira, o espanhol Guillermo García-López, quarto cabeça de série e 39º do mundo.



«Ele é o favorito para o jogo, mas eu não tenho nada a perder. Claro que quero ir aos quartos de final, mas não sinto grande pressão», considerou o português sobre o encontro da segunda ronda de singulares. Mas o brilho de Gastão voltaria a notar-se mais tarde, nos pares. E, aqui, contou com a parceria de João Sousa.

Sousa ainda teve uma palavra a dizer neste Portugal Open e a dupla portuguesa eliminou – depois de perder 1-6 no primeiro set (ganhou 7-6 no segundo e 10-3 no tie-break de desempate) – os mais cotados Nicholas Monroe (EUA) e Simon Stadler (Alemanha); respetivamente, os 58º e 63º da classificação mundial de pares.

João Sousa reconhece que estas vitórias «dão confiança». «Não estou numa fase boa. Mas jogámos bem e estou contente coma exibição. Agora, é pensar no encontro seguinte.» O encontro seguinte é com Guillermo García-López e o austríaco Philipp Oswald. O mesmo García-López dos singulares.

Gastão Elias foi surpreendido por esta repetição. «Que bom…», comentou… «Avia o gajo nos singulares!», determinou Sousa. Gastão anuiu: «Vou tentar, para que vá com menos confiança…». Será a vez de os portugueses voltarem a falar no Portugal Open, nesta quinta-feira, novamente a dois tempos e sempre com Gastão Elias presente.



Este é também o dia em que a maior estrela presente no Jamor vai entrar em cena nos courts. Tomas Berdych estreia-se frente ao 102º do ranking, o indiano Somdev Devvarman. O checo, nº6 do mundo, é agora o grande cabeça de cartaz depois de, à última hora, ter substituído Stanislas Wawrinka.

Nesta quarta-feira, Berdych já se mostrou, mas apenas aproveitando o facto de só entrar em competição à segunda ronda. E foi aprender a cortar e cozinhar atum no restaurante do torneio. Como fez questão de mostrar:




Wawrinka também estará nesta quinta-feira no Jamor, mas não para jogar – virá apenas substituir com a sua presença a desistência que deixou o torneio sem o detentor do título; torneio que ficou também sem campeões presentes com a eliminação de Albert Montañés pelo seu compatriota espanhol Marcel Granollers, o terceiro cabeça de série presente – apurado para os quartos de final. A última estreia marcada para esta quinta-feira, preparando o torneio para a sua fase decisiva, será a de Milos Raonic, o canadiano nº9 do mundo.

No torneio feminino, os mapas já vão mais avançados. E a fase mais a sério já está em andamento. Que o digam as três campeãs do Estoril/Portugal Open inscritas, que já foram todas eliminadas: Lucie Safarova, Yanina Wickmayer e Kaia Kanepi. Jogam-se já os quartos de final e o próximo grande encontro será entre a revelação (e sensação) do ano e a vencedora de dois torneios grand slam; respetivamente, a canadiana Eugenie Bouchard (18ª do ranking) e a russa Svetlana Kuznetsova (US Open 2004 e Roland Garros 2009).

Dia do ténis?

Reúnem-se condições para ser um dia em cheio esta quinta-feira 1 de maio, feriado mundial do Dia do Trabalhador. Assim o faz prever o quadro desportivo. Assim foi também no ano passado, quando cabeça de cartaz da edição de 2013 – o espanhol David Ferrer, enquanto nº4 do mundo – se estreou no Portugal Open a 1 de maio levando esta conjugação de feriado com estrela mundial do ténis ao melhor dia de bilheteira do torneio: quase 7.500 entradas.

Já Ferrer tinha substituído Juan Martín Del Potro então, assim como Berdych substituiu neste ano Wawrinka. O público português não tem oscilado com as alterações com que a organização tem sido obrigada a lidar à última hora e o número de espectadores deste ano ronda (para cima) o da edição anterior. No fim de semana (de qualifyings), os números de entradas andaram nas casas dos 3.500 e mais de 4 mil (sábado e domingo) registando-se a menor assistência na segunda-feira: não chegou aos três mil. Nestes últimos dois dias de quadro principal entraram 3.700 na terça e mais de 4.800 pessoas nesta quarta-feira.