O segundo período anual de controlo financeiro dos clubes profissionais de futebol termina à meia-noite de hoje, com um cenário complicado na Naval 1.º de Maio, Olhanense e Freamunde.

No que respeita à equipa da Figueira da Foz, os jogadores apresentaram-se nas instalações, de manhã e de tarde, mas recusaram-se a treinar, em protesto contra os salários em atraso, nomeadamente na segunda «chamada» do dia, feita por telefone e não previamente combinada com o treinador Álvaro Magalhães.

Por sua vez, o presidente do Olhanense admitiu que o clube entregou a «documentação possível» e que fica a aguardar a notificação do organismo, conforme está previsto nos regulamentos, pois o clube está a dever aos jogadores dois meses e meio de salários.

Em Freamunde, os dirigentes anunciaram a entrega da documentação exigida pela Liga, mas esta terá que os analisar à luz dos regulamentos, os quais ditam que os clubes que não entregarem todos os documentos, até esta data, serão posteriormente notificados pela Liga para regularizar a situação num prazo de 10 dias úteis.

Findo este prazo, e verificando-se a situação de incumprimento, toda a documentação será remetida para os órgãos disciplinares competentes: a Comissão de Instrução e Inquéritos da LPFP e o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Neste controlo, os emblemas estão obrigados a apresentar os «documentos comprovativos do pagamento das remunerações-base e compensações mensais emergentes, respetivamente de contratos de trabalho desportivo e contratos de formação vencidas entre 11 de novembro do ano civil anterior e 10 de março do ano civil em curso», segundo o artigo 74 do Regulamento Disciplinar.