Greg Clarke, presidente da Federação de Inglaterra (FA), considera que vai ser difícil ver os adeptos a regressar às bancadas a curto prazo. O dirigente teme que os jogos à porta fechada se prolonguem para a próxima temporada e está convencido que a pandemia vai mesmo mudar o futebol a que estávamos habituados.
Ainda não se sabe se a presente temporada na Premier League vai ser concluída, mas se for será com jogos à porta fechada, uma media que a liga inglesa está a equacionar manter para a temporada de 2020/21, caso ainda se notem os efeitos da pandemia que parou o mundo.
«A realidade é que não sabemos como é que as coisas se vão encaminhar. Mas com o distanciamento social a impor-se nos próximos tempos vamos sentir mudanças substanciais no ecossistema do futebol», escreveu o dirigente numa carta dirigida ao concelho executivo da FA.
Greg Clarke explica que o conselho executivo está a trabalhar sobre vários cenários possíveis que possam resultar da pandemia, mas tem já uma certeza. «Por exemplo, é difícil imaginar ver multidões de adeptos – que são a vida do jogo – voltar aos jogos a curto prazo», referiu o presidente da FA.
O dirigente fala ainda das consequências económicas impostas pela pandemia, antecipando um «deficit» de 300 milhões de libras [cerca de 340 milhões de euros] para os próximos quatros anos. «Claramente vai ter impacto sobre muitos dos nossos planos, todas as área vão ser atingidas e os projetos que muito valorizamos vão ser afetados», destacou ainda Greg Clarke.