O Manchester City bateu o Wolverhampton por 4-1, no Etihad Stadium, no jogo com mais portugueses na história da Premier League, três do lado dos Citizens e mais cinco que chegaram a ser seis do lado dos wolves. A equipa de Pep Guardiola segue, assim imparável, somando a 21.ª vitória consecutiva em todas as competições e aumentando a vantagem sobre o vizinho United para quinze pontos, com onze jornadas por disputar.

Foi uma enorme demonstração de força do líder da Premier League, com Ruben Dias, João Cancelo e Bernardo Silva, num onze que dominou o adversário em praticamente todos os capítulos do jogo, sobretudo na primeira parte, apesar de ter contado apenas com um golo. O jogo começou com o City, com uma elevada posse de bola, a empurrar o Wolverhampton para junto da área de Rui Patrício. Foi assim durante quinze minutos até ao primeiro golo.

Com uma posse de bola a rondar os oitenta por cento, a equipa de Guardiola foi espremendo o adversário até que Rodri, com um passe espetacular, lançou Mahrez sobre a direita e o argelino cruzou tenso, à procura de Sterling, mas Dendoncker, ao tentar antecipar-se, acabou por marcar na própria baliza. Estava aberto o marcador e o Wolverhampton mal tinha tocado na bola.

Com uma linha defensiva de cinco, com dois laterais no lado direito, a equipa de Nuno Espírito Santo, com Rui Patrício, Nélson Semedo, Rúben Neves, João Moutinho e Pedro Neto não conseguia sair a jogar. Mesmo os pontapés longos de Rui Patrício eram invariavelmente ganhos por Laporte e Rúben Dias.

Um intenso domínio que, apesar de tudo, traduziu-se em poucos remates à baliza de Patrício. A equipa de Guardiola circulava a bola por todo o campo, procurando fazer os lobos sair da toca, mas a equipa de Nuno Espírito Santos continuava bem fechada, até porque, sempre que tentava subir, era o City que acabava por criar perigo. Mesmo em cima do intervalo, Laporte marcou a passe de Mahrez, mas o golo acabou por ser anulado, por um fora de jogo milimétrico, ou melhor, por um ombro do central em relação a Dendoncker.

A verdade é que o Wolverhamtpon chegou ao intervalo sem fazer um remate. Pior que isso, nem chegou a entrar na área do City.

Pep Guardiola deve ter pedido à sua equipa para rematar mais, porque foi isso que aconteceu no arranque da segunda parte. Os citizens mantinham o mesmo domínio, mas agora estavam a dar mais trabalho a Rui Patrício que teve de aplicar-se para travar remates de De Bruyne e Mahrez.

O Wolverhampton procurava sair do sufoco e Nuno Espírito Santo lançou Fábio Silva para a contenda, aumentando o número de portugueses em campo para nove (recorde na Premier League). Pouco depois, os visitantes chegaram de forma inesperada ao empate, no primeiro remate que fizeram à baliza. Livre de João Moutinho a colocar a bola na área e Coady a destacar-se entre os centrais para marcar de cabeça, já perto do relvado. Por ironia do destino, foi o único inglês do Wolverhampton a marcar, por sinal o seu primeiro golo na Premier League.

Um golo inesperado, mas que correspondia à evidente melhoria do Wolverhampton, que já conseguia trocar a bola e chegar mais à frente. Adama Traoré até teve oportunidade de virar o resultado, mas o City voltaria a crescer. Depois de mais dois remates de Sterling a colocarem Patrício à prova, o City acabou por recuperar a vantagem, a dez minutos do final, com Mahrez a lançar Walker sobre a direita e o lateral a cruzar para o coração da área. A defesa dos wolves não conseguiu afastar e Gabriel Jesus atirou a contar.

O Wolverhampton ainda tentou voltar ao jogo, com a equipa a crescer com as alterações de NES, mas o City estava outra vez sob controlo a caminho da 21.ª vitória consecutiva. Gabriel Jesus voltou a marcar e Mahrez, talvez o melhor em campo, fixou o resultado final 4-1 dando maior expressão ao intenso domínio da equipa de Guardiola. Imparáveis!