Desilusão em Old Trafford com o Manchester United a entrar na nova edição da Premier League com uma derrota, em casa, diante do Crystal Palace (1-3). Bruno Fernandes e companhia entraram no jogo e na nova época com um ritmo muito baixo e foram surpreendidos pela velocidade dos visitantes, com destaque para o «bis» de Zaha, antigo jogador da equipa de Old Trafford. Nem o golo do reforço Van de Beek serviu de consolo a Ole Solskjaer.

Não foram precisos muitos minutos para ficar clara a diferença de andamento entre os dois emblemas. Era o primeiro jogo oficial do Manchester United, depois de ter adiado o jogo da primeira ronda, com o Burnley, por ter terminado a última época mais tarde [jogou as meias-finais da Liga Europa], enquanto o Crystal Palace chegava a este jogo depois de ter batido o Southampton (1-0) na jornada inaugural.

Com uma equipa jovem, com McTominay no meio-campo e Daniel James no ataque, o United entrou no jogo a passo, trocando a bola de pé para pé, mas sem conseguir profundidade ou acelerar o jogo. Quando o Palace ganhava a bola, a velocidade do jogo subia a olhos vistos e a equipa de Solskjaer sentia tremendas dificuldades nas transições defensivas.

Foi, portanto, sem qualquer surpresa, que a equipa de Roy Hodgson chegou à vantagem, logo aos oito minutos. Passe em profundidade a lançar Schlupp pela esquerda, com o alemão a deixar Mensah nas covas e a cruzar para o segundo poste onde surgiu Townsend a encostar. Muito fácil.

O United procurou reagir de imediato, subindo as suas linhas, com Rashford, Bruno Fernandes e Daniel James no apoio direto a Martial, mas sempre com um futebol lento e previsível, muito fácil para a defesa dos visitantes que, sempre que podiam, saíam disparados, com Ayew e Zaha, para a área de De Gea. Bruno Fernandes ainda ensaiou um remate fora da área e, na marcação de um livre, atirou contra a barreira, mas a melhor oportunidade, mesmo em cima do intervalo, voltou a ser do Palace, com Ayew a obrigar De Gea à defesa da tarde.

Solskjaer não podia estar satisfeito e, logo a abrir a segunda parte, abdicou de Daniel James para lançar Greenwood, mas o United continuava com extremas dificuldades para carregar no acelerador. O Crystal Palace continuava com a mesma toada, bem organizado em termos defensivos e sempre à espreita de um deslize do adversário para atacar.

Tanto insistiu que o segundo golo acabou por chegar por linhas tortas, com Lindelof no lance. O VAR detetou um corte do sueco com o cotovelo e apontou para a marca de grande penalidade. De Gea ainda defendeu o pontapé de Ayew, mas o árbitro mandou repetir o castigo máximo depois do VAR ter detetado que De Gea adiantou-se antes do remate do ganês. Na segunda oportunidade, Zaha atirou a meia-altura, sem hipóteses para o guarda-redes espanhol.

Ainda faltavam mais de quinze minutos para o final, mas agora o United tinha uma montanha para subir e continuava a mostrar que não tinha fôlego para isso. Apesar da falta de velocidade, a equipa de Solskjaer acabou por ganhar novo ânimo com um golo que chegou meio aos tropeções, com a bola a chegar a Van de Beek e o reforço holandês a aproveitar para abrilhantar a sua estreia A entrada na ficha do jogo.

Um golo, diga-se, que colocava o United novamente em jogo. A equipa de Old Trafford carregou com tudo à procura do empate, mas voltou a pagar caro pelo desacerto defensivo, novamente com Lindelof no lance. Zaha foi por ali fora, pressionado pelo sueco, e voltou a bater de De Gea com o quis.

Com o 3-1 o jogo acabou. Ainda havia tempo, mas o United não tinha, como nunca teve, pernas para lutar por outro resultado.