Martin Pringle despediu-se dos relvados em 2003, depois de uma fractura múltipla numa perna. Agora, aos 37 anos, dedica-se ao banco de suplentes, desenvolvendo as suas capacidades como treinador. Já orientou uma equipa de futebol feminino e, nesta altura, apresenta-se como adjunto do Orgryte IS, clube com tradições na Suécia. A passagem pelo Benfica, na década de 90, foi um ponto alto na carreira de jogador.
«Nunca mais me esqueço dos anos que passei em Portugal, no Benfica. Fui muito feliz no país e no clube. Agora, trago o Benfica no coração e continuo a acompanhar o futebol português. Há dias estive a ver o Benfica-Sporting, vencemos por 2-0. Foi um bom jogo. Fiquei satisfeito porque sou benfiquista, desde que passei por lá», começa por dizer.
O antigo avançado vai marcar presença no Suécia-Portugal, encontro relativo à fase de qualificação para o Mundial de 2010. Pringle quer aproveitar o jogo para matar saudades do futebol português, mas reconhece humildemente os adeptos do Benfica não terão ficado com a melhor imagem da sua passagem pelo nosso país. «Eu não era o melhor jogador do Mundo, não era dos melhores jogadores do Benfica ou do futebol português naquela altura, mas sempre dei o máximo», defende.
Martin Pringle representou o Benfica entre 1996 e 1998, num período de constantes mudanças no clube da Luz, entre os legados de Manuel José e Graeme Souness. Os adeptos encarnados gostavam do filão sueco, após apostas felizes no passado. A fasquia elevara-se, o avançado não tinha cabelo loiro e respondia pelo cognome de «carteiro», mas não conseguiu entrar as devidas encomendas.
«Quando cheguei, não sabiam quem eu era. Mas atenção, penso que melhorei muito e dava o máximo por aquele clube, numa altura em que não era fácil, porque mudavam sempre 20 ou 30 jogadores por época. Tinha o Benfica no coração e continuo a ter», remata, em diálogo com o Maisfutebol.