O português publicou um texto numa rede social a relatar a sua odisseia. «Nunca um dia de descanso numa grande volta foi tão bem vindo como o de hoje. Depois de um início de prova que a meu ver foi bastante positivo, o dia de ontem foi um horror. Depois da violenta queda que sofri, andar a cambalear durante algum tempo, sentar-me na ambulância, nunca pensei que iria chegar à meta», relatou no Facebook, ele que pediu à equipa para voltar a preparar a sua bicicleta, quando esta já tinha sido arrumada, para poder continuar.
O relato continua: «Quando um dos médicos da prova me queria dar um analgésico eu apenas lhe respondi: «Doctor, where my bike?». Depois disto fiz-me à estrada sabendo que ia ser impossível chegar dentro do tempo limite, mas não deixei de acreditar pois enquanto há vida há esperança. O que me fez seguir?! Não foi o sonho de chegar a Paris mas sim dar a certeza aos meus pais, irmãos, amigos que se eu ia em cima da minha bici estava tudo bem.»
«Passar na zona de abastecimento e ver a minha massagista a chorar ainda me deu mais forças para continuar, os meus companheiros à espera na estrada para tentar o impossível comigo fez-me sofrer ainda mais quando já eu julgava ir no limite. Finalmente vi a meta e o tempo que ia a perder e como nunca fui mau a matemática soube na hora que não havia conseguido. Não contive a emoção e chorei não de dor mas de frustração juntamente com quem me esperou por mais de 40m na meta», relatou, para concluir: «Agradeço a organização do Tour a oportunidade de me deixar seguir em prova, aos meus companheiros que lutaram comigo, ao diretor que nunca me abandonou, a massagista que não me abandonou nem 1m, a todos que me deixaram palavras de carinho, a minha família e amigos...»
No Twitter, Tiago Machado reforçou esse agradecimento, deixando também uma imagem forte:
Obrigado @letour por me deixarem seguir em prova. Ontem por muito que quisesse não conseguia ir mais rápido... pic.twitter.com/mhEY4LJLcA
— Tiago Machado (@Tiagomachado85)
July 15, 2014