A notícia da suspensão de seis meses imposta pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) apanhou Queiroz de surpresa. Pelo menos foi essa a garantia deixada pelo advogado Rui Patrício. «Quer dizer a notícia do alegado castigo? É que eu não recebi nenhuma notificação e o prof. Carlos Queiroz também não.»

Queiroz suspenso por seis meses

Perante a recepção da notificação da suspensão assumida pelo ADoP em comunicado, Queiroz vai apresentar recurso para o TAS. A questão tem levantado polémica, há constitucionalistas que se opõe a esse mecanismo, mas o advogado lembra que «há um recurso previsto na lei e é para o Tribunal Arbitral de Desporto».

Ora por isso, e porque na lei antidopagem está estabelecido o recurso para o TAS, Rui Patrício diz que é um mecanismo legal. Por isso Carlos Queiroz vai recorrer e, mais do que isso, vai solicitar «que a decisão seja suspensa enquanto o recurso não estiver julgado», garantiu em comunicado.

Acima de tudo critica não ter sido informado imediatamente. «Não posso deixar de lamentar que os informados só saibam das decisões depois da comunicação social saber delas. Em vez de um estado de direito democrático, temos um estado noticioso», finalizou o advogado, em declarações ao Maisfutebol.

Carlos Queiroz, recorde-se, foi suspenso por seis meses pela Autoridade Antidopagem de Portugal, por perturbação de um controlo antidoping no estágio na Covilhã de preparação para o Mundial 2010. O seleccionador arriscava uma pena mínima de dois anos, mas a ADoP teve em consideração atenuantes.

Na sequência desta suspensão, Queiroz vai falhar os primeiros quatro jogos no Grupo H da fase de apuramento para o Euro 2012. O seleccionador falha a recepção ao Chipre e a deslocação à Noruega (3 e 7 de Setembro), a recepção à Dinamarca e a deslocação à Islândia (8 e 12 de Outubro).