Carlos Queiroz, seleccionador nacional, em declarações na sala de imprensa, no final do encontro frente aos Camarões, que Portugal venceu por 3-1:

«Fizemos três golos, jogámos bem. O mais importante, além do resultado, é que não temos nenhum jogador aleijado e depois de um bom jogo e um bom dia de trabalho. A equipa jogou bem, trocou bem a bola. Hoje fizemos menos de metade dos remates do que contra Cabo Verde e fizemos três golos. É lógico que temos algumas coisas a aperfeiçoar.»

«Experiências? Sim, estou satisfeito por experimentar opções. Os jogadores evoluíram muito, casos do Deco, Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira. Já estão próximos do que queremos deles no campeonato do Mundo. Toda a equipa está forte e acho que em mais 15 dias estaremos ainda melhor.»

«Houve alguns choques, mas depois as coisas serenaram. São jogos diferentes porque os jogadores estão empenhados em que nada aconteça e os impeça de estar no Campeonato do Mundo. O jogo com Costa do Marfim terá outra intensidade. Temos de estar bem organizados, para impedir que possam galgar espaço na nossa defesa. Este onze pode estar mais próximo daquele que vamos utilizar, mas não há nada definido. Precisamos experiência e maturidade, mas também alguma irreverência.»

Sobre Zé Castro: «Quero só fazer referência ao profissionalismo e seriedade, porque neste mundo estes jogadores passam ao lado e são pouco enaltecidos. Quero, também, expressar gratidão à forma pronta e profissional como Zé Castro esteve na selecção nacional.»

É razoável levar Pepe ao Mundial? «Para mim, é razoável. O Ricardo também não jogava desde a China e há outros casos noutras selecções. Já dei o exemplo do Heinze, que em Manchester e em 4 meses e duas semanas discutiu a titularidade e a seguir jogou todo o campeonato do mundo. A utilização do Pepe é importante, senão não estava cá. Se ele vai jogar 5, 10, 15, 45 minutos, vamos ver ao longo da competição. Pepe pode ser fundamental, se tivermos de discutir coisas no campeonato do mundo»