«Acima de mim, só Messi». É preciso ter uma carreira sólida e sustentada para dizer esta frase com a convicção com que foi dita pelo seu autor. Chama-se Francesco Totti, mítico capitão da Roma, e disse tudo o que lhe ia na alma numa grande entrevista ao jornal «Gazzetta dello Sport», a propósito dos seus vinte anos de Série A.

«Só há um jogador que está a fazer coisas que eu nunca poderia fazer, que é Messi», atirou, antes de eleger Ronaldo, o «fenómeno», como adversário de eleição e Batistuta e Cassano como os melhores companheiros da carreira. «Penso que não há nenhum jogador italiano que coloque acima de mim numa lista», atirou ainda, sem medir as palavras. «Penso que os números falam por si», acrescentou ainda, sem dúvidas.

O experiente avançado italiano, de 36 anos, diz que quer jogar até aos quarenta e elege Marcello Lippi como o treinador que mais o marcou. «Para mim, o Lippi é o melhor treinador com quem já trabalhei. Tinha um carisma muito especial. Mas Fabio Capello também é um grande treinador, tal como Luciano Spalletti. Só lamento que ele diga que fui eu que o mandei embora da Roma quando era ele que queria ir para o Zenit», referiu. Quanto a um treinador com quem nunca tenha trabalhado, Totti não tem dúvidas em eleger um. «Com quem gostaria de trabalhar? Mourinho...».

O avançado da Roma fala também de Mario Balotelli, considerando que a atual estrela do Milan ainda não é um fenómeno. «Penso que pode vir a ser um fenómeno, mas tudo depende da sua atitude e do seu comportamento. Tem também a ver com o que fazes fora dos relvados também», destacou.

Totti estreou-se na Série A da liga italiana a 28 de março de 1993, com dezasseis anos. «Os anos voaram, porque faço tudo com paixão. Naquele sábado não pensava jogar. Quando Boskov me chamou pensei que estivesse a falar com Muzzi. Fui lá ele disse-me: prepara-te, vais entrar». E assim começou a história de Totti que já conta com vinte anos.