Cristiano Ronaldo aproveitou a presença de Eusébio e Di Stéfano, que apadrinharam a entrega da Bota de Ouro, em Madrid, para reafirmar o que o move, jogo a jogo. Ser um mito como o português e o hispano-argentino.

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«É uma honra estar aqui ao lado de dois mitos do futebol [Eusébio e Alfredo di Stéfano], é um prazer falar com eles. É óbvio que quero estar na página dos melhores jogadores de todos os tempos. Tenho 26 anos, estou ainda a aprender e estou num clube que me dá espaço para crescer. Tenho ainda muitos anos para ganhar coisas. Estou bem no Real, gostam de mim e eu gosto do clube», afirmou.

O português mostrou-se surpreendido quando voltou a pensar no número de golos que conseguiu pelos madridista. 100 ao todo. «Nunca pensei conseguir isto no Real Madrid. Nunca pensei atingir os números que atingi. Estou feliz, mas tenho de reconhecer que nunca pensei.»

Os heróis também têm essa faceta de motivar os jovens e puxar pelo país. A Cristiano pediram que desse um conselho aos jovens que o têm como ídolo. «Escutar é algo muito fácil de fazer. Depois pensas pela tua cabeça. Ou fazes o que te dizem ou vais em frente. Os jovens que têm um sonho sigam-no, oportunidades todos temos pela vida. Temos de acreditar em nós e ter muita fé», atirou, antes de ser recordado da crise financeira que Portugal atravessa. Os seus golos poderiam ajudar? «Para eles que gostam de mim, acho que estes prémios, os meus golos, minimizam os maus momentos. Tento fazer o meu melhor na minha profissão, que é jogar à bola. Tento trabalhar, espero que o que faço ajude as pessoas os dias que se vivem não só em Portugal, mas na Europa. Por que razão separo entre os que gostam de mim e os que não gostam? É realidade das coisas. Deus que é Deus não agradou e sou eu que vou agradar a toda a gente? Temos de pensar que as coisas vão melhorar. O que faço pode minimizar um pouco e fazer com que fiquem mais contentes.»