A polémica em torno da arbitragem, gerada pela exibição de Lucílio Baptista na final da Taça da Liga, foi nesta quarta-feira comentada por Quim. O guarda-redes do Benfica diz que o erro dos árbitros faz parte do futebol. Diz também que acontece a todos e que há saber conviver com isso. «Os árbitros erram tanto quanto os jogadores», referiu.
Em entrevista ao Rádio Clube, Quim lembra que já houve outras vezes em que outras equipas foram prejudicadas. Errar é humano. «Os árbitros têm as fases boas e as fases más. Nós também já apanhámos as más de alguns árbitros e claro que não ficamos satisfeitos, mas seguimos em frente. É isso que tem que se fazer, seguir em frente.»
Mesmo assim, o guarda-redes encarnado não se atreve a dar conselhos ao Sporting nesta altura conturbada do futebol português. «Cada um faz o que acha deve fazer. O Sporting está a fazer o que se vê, mas isso a nós não nos interessa nada. O que nos interessa é que neste momento fomos nós que vencemos a Taça da Liga e nada mais do que isso.»
Quanto a isso, acrescenta, não há a dizer. O Benfica conquistou o troféu, ficou para a história e ganhou porque mereceu, garante. «Nós fizemos o nosso trabalho. Vencemos em penalties, mas parece-me que o resultado durante o jogo foi justo. Depois fomos mais felizes nos penalties», lembra. «É esse o único comentário que me merece.»
«Quando as coisas correm mal são poucos os que nos dão a mão»
O jogo do Algarve voltou a colocar Quim nas bocas da imprensa. O guarda-redes voltou a ser titular na baliza encarnada e acabou por ser o herói da noite ao defender três grandes penalidades. Um regresso ao topo do mediatismo que não ilude Quim. «A vida não são só fases boas. Também há fases más. Devemos conciliar as duas coisas», disse.
«Quando as coisas correm bem, há muita gente a dar-nos os parabéns e a dar-nos moral. Quando as coisas morrem mal são poucas as que nos colocam o braço nos ombros. Eu sei ver essas situações, felizmente já tenho anos de futebol, e continuo a trabalhar sempre com uma grande força dentro de mim para atingir os meus objectivos.»
Para já a vontade é de recuperar a titularidade. «Não tenho vindo a jogar como queria, mas a minha maneira de trabalhar é sempre igual. Com certeza que o trabalho que tenho feito diariamente é o mesmo que fazia quando jogava, isso é o mais importante: manter sempre o mesmo trabalho. Quando fui chamado as coisas correram-me bem», frisou.
Depois da Taça da Liga, a decisão fica nas mãos de Quique. «Fico sempre à espera de poder jogar. Nestes três meses em que não tenho jogado na Liga, tenho ido todos os dias para os treinos a pensar em trabalhar para jogar. A escolha compete ao mister, mas claro que tenho a ambição e trabalho para jogar. Vou continuar a trabalhar da mesma forma».