Danica Patrick é piloto da Nascar e também faz anúncios. Este é o ponto de partida para o caso que se segue. Aqui há dias, a norte-americana perguntou se não havia mais nenhuma palavra para a descrever que não fosse sexy. E um jornalista da Fox ensaiou um termo insultuoso. Não chegou a dizê-lo, mas teve de pedir desculpas. Ainda assim, sofreu consequências menos graves do que dois colegas seus da ESPN, por causa de uma expressão considerada racista dirigida a Jeremy Lin.

Voltando a Danica Patrick, a Fox 5 passava declarações da piloto a contestar a forma como falavam dela: «Porque é que sempre que se referem a uma mulher atleta têm de usar a palavra sexy? Não há outra palavra que possam usar para me descrever?»

Em estúdio Ross Shimabuku, o jornalista da Fox 5, fez este comentário. «Oh, eu tenho algumas palavras. Começa com B, e não é bonita.» A conclusão generalizada foi que Shimabuku se referia à palavra «Bitch». Aliás, a sua intervenção mereceu um comentário indignado logo em direto da jornalista que estava em estúdio. Seguiram-se muitas reações críticas e acusações de sexismo, na imprensa e nas redes sociais, dirigidas a Shimabuku.

Nesta terça-feira, o jornalista lamentou o que tinha dito. «Peço desculpa se ofendi alguém. Não queria fazer um ataque à Danica, já trabalhei com ela em Phoenix e acho que é uma grande desportista. Espero que se dê bem nas 500 milhas de Daytona», afirmou de novo na Fox 5, a meio de um noticiário.

A questão levantou comparações com outro caso recente. A ESPN publicou no seu site o título «Chink in the armor», repetido depois por um comentador em antena, a propósito de uma derrota dos Knicks de Jeremy Lin, a nova

coqueluche da NBA, que é originário de Taiwan. Pretendia ser um trocadilho, mas a palavra «Chink» nos Estados Unidos é um termo depreciativo para chinês. Em resultado, foi despedido o responsável pela publicação no site, onde o título esteve online apenas 35 minutos, e suspenso por 30 dias o comentador que repetiu a expressão.

Veja o caso com Danica Patrick