O governo inglês e a União Europeia insurgiram-se contra as palavras do presidente da FIFA, Joseph Blatter, sobre racismo no futebol. O ministro do Desporto de Inglaterra convida mesmo o suíço a apresentar a demissão.

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O primeiro-ministro inglês, David Cameron, qualificou de «terríveis» as declarações de Sepp Blatter, nas quais afirmou que os insultos raciais entre futebolistas deviam ser resolvidos com um aperto de mão.

«Este não é um momento para complacências», disse o governante inglês citado pela AP e cujas palavras são reproduzidas pela Lusa. No entender de Cameron, as afirmações de Blatter «sugerem que o racismo deve ser aceite como parte do jogo».

O ministro do Desporto, Hugh Robertson, foi mais longe e sugeriu demissão de Blatter, «para benefício do futebol» e acrescentou: «Este é o último episódio a questionar o facto de este homem ser o máximo responsável pelo futebol mundial.»

Já o porta-voz da União Europeia, Dennis Abbot, considerou as declarações de Blatter como «totalmente inaceitáveis» e sublinha que «não está nada bem que haja insultos racistas nos terrenos desportivos, que se apertem as mãos a seguir e que se acabe tudo com um simples ¿ok¿».

Nesta manhã, Rio Ferdinand, internacional inglês do Manchester United, trocou «considerações» com o presidente da FIFA via twitter.

O irmão mais novo de Rio, Anton Ferdinand, foi, alegadamente alvo de insultos racistas por parte de John Terry, no decorrer de um encontro entre o Queens Park Rangers e o Chelsea e que levou a uma investigação formal das autoridades de Inglaterra.