O racismo é uma lamentável realidade que infelizmente resiste ao tempo, uma catástrofe que sai menos vezes no jornal do que devia.
Não se tratando de uma tragédia pontual que comova o mundo, o racismo contamina o quotidiano e prejudica de uma forma trágica a relação, que deveria ser saudável, entre pessoas só na aparência diferentes.
Os actos racistas repetem-se a cada instante e desempenham um papel fundamental na formação da opinião que os indivíduos têm do «outro».
Pelo mediatismo que possui, o futebol tem sido associado nos últimos tempos ao racismo, mas é obviamente perigoso concluir que se trata de um problema próprio. Se repararmos, os protagonistas são quase sempre os adeptos, sendo escassas as acusações de racismo entre jogadores. Aliás, uma equipa de futebol, na Europa como em muitos outros pontos do mundo, é um exemplo de que apesar de tudo pode haver esperança.
Por ser uma actividade pública, tão visível, é fundamental que o futebol não deixe passar em claro episódios lamentáveis como o do último fim-de-semana, em Itália, no jogo entre Messina e Inter. Quanto mais não seja porque em temas como este a tolerância tem de ser zero.