O Valencia foi rápido a reagir ao comunicado da liga espanhola que deu conta não existirem provas de que Juan Cala, jogador do Cádiz, proferiu insultos de teor racista dirigidos a Mouctar Diakhaby. O clube do Mestalla considera que o facto de não existirem provas, não quer dizer que os insultos não tenham acontecido.

O Valencia começa por dizer que recebeu da parte da liga todas informações e os resultados da investigação ao alegado ataque racista sofrido por Diakhaby, bem como a metodologia utilizada para levar a cabo essa investigação.

«Segundo os vídeos e as provas de som disponíveis, a investigação não pode confirmar todas [o clube escreve esta palavra em caixa alta] as palavras que Dikhaby escutou ao minuto 28 do jogo Cádiz-Valencia. O facto de não se terem encontrado provas não significa que não aconteceu», começar por dizer o comunicado.

O clube prossegue depois dizendo que, paralelamente ao inquérito da liga, fez a sua própria investigação e continua convencido que houve de facto insultos. «O nosso objetivo é que haja uma mudança, queremos ver uma resposta adequada a este incidente tão grave, queremos ver um movimento para mudar as regras, as atitudes na hora de fazer frente a este tipo de problemas», lê-se também no comunicado.

A terminar o comunicado, o clube lamenta que não tenha sido possível produzir prova, mas considera positivo que o incidente tenha obrigado a falar-se sobre um assunto tão sensível. «Foi um episódio sem precedentes no futebol, mas estamos convencidos que vai servir para impulsionar uma mudança real nas leis. Chegados a este ponto, é necessário continuar a trabalhar com a liga, com as instituições, com os restantes clubes para assegurar que incidentes racistas não se repitam nunca mais», diz ainda o Valencia.