No dia seguinte ao episódio dos insultos racistas a Marega em Guimarães, um jornalista da revista Vice contactou todos os clubes da Premier League para saber o que fariam se um jogador da sua equipa estivesse naquela situação.

As respostas foram agora reveladas, num artigo publicado esta quinta-feira, e são as seguintes:

Liverpool: «Se um jogador saísse de campo, saíamos todos.»

Arsenal: «Apoiaríamos qualquer jogador ou funcionário vítima de abusos racistas.»

O Manchester United mostrou-se confiante na eficácia do protocolo anti-racismo da Premier League, que diz que deve ser feito um anúncio sonoro, os jogadores devem sair momentaneamente do relvado e, se não resultar, o jogo deve ser interrompido. «Se for seguido devidamente, os jogadores não estarão na posição de ter de decidir o que fazer em resposta a uma situação destas durante um jogo.»

O Tottenham também acredita na eficácia dos protocolos e disse: «Se acontecesse, claro que o jogador teria todo o nosso apoio», recusando que um jogador fosse encorajado a continuar em campo, caso quisesse sair.

O Southampton também recusa que tentasse convencer a ficar no jogo: «Como clube, apoiaríamos a decisão do jogador.»

Norwich: «No geral, como clube apoiaríamos os nossos jogadores perante qualquer forma de discriminação. É difícil dizer o que faríamos se um jogador quisesse sair porque cada situação é diferente e pode ser influenciada por um leque de fatores diferentes.»

Everton: «O Everton condena firmemente qualquer forma de racismo. Não tem lugar no nosso estádio, no nosso clube, na nossa comunidade, no nosso jogo. O clube apoiaria qualquer jogador ou funcionário que fosse vítima de racismo de qualquer tipo.»

Leicester: «O Leicester está empenhado em garantir a igualdade e em ajudar a eliminar o racismo e todas as formas de discriminação no futebol. Não será tolerado qualquer abuso ao nosso pessoal e o clube pediria as sanções mais duras possível aos responsáveis. Qualquer jogador ou funcionário vítima de abuso receberia todo o apoio.»

Newcastle, Crystal Palace e Wolverhampton recusaram-se a responder e ainda não tinham chegado as respostas de vários clubes [Bournemouth, Chelsea, Watford, Burnley, Manchester City, Brighton, Aston Villa or West Ham] quando o artigo foi publicado.