O presidente da Federação Portuguesa de Râguebi, Carlos Amado da Silva, sublinhou este sábado que a seleção nacional vai ao Mundial 2023, em França, com o objetivo de «ganhar pelo menos um jogo» e lamentou a impossibilidade de o selecionador Patrice Lagisquet e os jogadores lusodescendentes, incluindo Samuel Marques - autor do pontapé de penalidade que valeu o apuramento na bola de jogo – viajarem para Portugal para serem recebidos no aeroporto por cerca de 100 pessoas que aguardavam a equipa.

«Não vieram para celebrar connosco porque não tivemos dinheiro para pagar uma viagem para virem. Isto é ridículo. Quiseram mudar os bilhetes e não havia possibilidade de o fazer», lamentou, admitindo as dificuldades financeiras do organismo para trazer todo o grupo de trabalho de volta a Portugal, após garantir o apuramento.

«Esta seleção tem um objetivo: não ir apenas cantar o hino a França. Vai fazer mais do que cantar o hino, vai querer ganhar pelo menos um jogo», apontou Carlos Amado da Silva, à chegada a Lisboa, um dia após Portugal garantir o apuramento no torneio final de repescagem.

O dirigente frisou, no entanto, que a afirmação «não tem nada de demérito em relação ao que aconteceu no passado», com a seleção que disputou o Mundial 2007, que, frisou, «tem um valor extraordinário», mas sim com a exigência que se quer. «A questão é que temos melhores condições de trabalho também. Estamos convencidos que, se tivermos apoios, que merecemos, vamos dar uma alegria muito grande aos portugueses de cá e aos portugueses de França», assumiu Amado da Silva.

Portugal garantiu, na sexta-feira, o apuramento para o Mundial de râguebi França2023, após empatar com os Estados Unidos (16-16), no torneio final de repescagem, no Dubai.

Esta é apenas a segunda vez que Portugal vai disputar o Campeonato do Mundo de râguebi, após a única e histórica participação, em 2007, também em França.

O Mundial de râguebi de 2023 realiza-se em França, de 8 de setembro a 28 de outubro e Portugal integra o Grupo C, com País de Gales, Austrália, Ilhas Fiji e Geórgia.