Toni Gardemeister é um dos melhores e mais reconhecidos pilotos do Campeonato do Mundo de Rally, mas teve de voltar à escola de condução. A história é recambolesca e teve lugar no Japão, um dia antes do início de mais uma etapa do mundial.
À chegada a solo nipónico, o finlandês viu a sua carta de condução - emitida pelo Principado do Mónaco - ser recusada pelas autoridades japonesas. A pouco mais de 24 horas do início do Rally do Japão, a única hipótese de Gardemeister foi tirar uma licença provisória numa escola de condução local.
Assim, o dia que tinha previsto de descanso foi passado a ouvir recitar o manual de bem conduzir. «De manhã tive de assistir a algumas aulas teóricas e no final fiz um exame prático. Fizeram-me uma avaliação à visão e fui dar umas voltas pelas ruas da cidade ao lado de um instrutor», contou Toni Gardemeister, bem disposto.
«O exame prático foi estranho, pois tive de conduzir um Nissan grande e antigo. O instrutor sabia que sou piloto profissional, mas fez questão de seguir todas as normas. Estive cerca de oito horas em exames, mas fui aprovado no final. Agora tenho uma carta de condução japonesa, com três anos de duração.»
O melhor fica para o fim. Como qualquer condutor recentemente encartado no Japão, Toni Gardemeister terá de levar uma indicação especial e visível no seu automóvel. O caricato da situação é que neste caso o símbolo será exibido na traseira do potente Suzuki SX4 que Gardemeister guia no Mundial de Rallys.