Lass Bangoura, internacional pela Guiné-Conacri, decidiu abandonar a concentração da sua seleção em Marrocos por temer contrair o vírus do ébola. Ainda assim, garante o extremo do Rayo Vallecano, a decisão foi tomada por ele mesmo, sem qualquer influência do clube madrileno.

«O Rayo não me disse nada, a decisão foi minha, porque os meus companheiros estavam preocupados. Quando terminei o treino falei com o treinador, fui comprar o bilhete para vir para cá e falar com as pessoas para dizer que é mentira que tenha Ébola e que na minha seleção também não há», garantiu Lass.

Em conferência de imprensa, o jogador guineense anunciou que os seus companheiros no Rayo lhe fizeram telefonemas, mostrando-se «preocupados com a questão do Ébola» e que terá sido por isso que pediu a dispensa ao selecionador Michel Dussuyer: «Disse-lhe que havia um problema no meu clube, porque os colegas tinham medo e se me podia libertar para regressar, porque não queria ter um problema com eles, que são quem me paga».

Lass referiu que foi recebido de volta no Rayo com «normalidade», mostrando-se um «pouco triste» por não poder defrontar o Gana em jogo de qualificação para a CAN 2015.

Apesar de tudo, Lass mostra temer represálias quando regressar ao seu país: «A próxima vez que voltar à Guiné podem-me atacar, partir-me o carro ou até incomodar a minha família».