A Académica começa a defender o troféu conquistado na época passada no Jamor este domingo, em Ponta da Barca. Apesar do brilharete, os estudantes continuam cientes da dimensão do clube e da forma como podem olhar para esta prova.
«O objetivo passa por dignificar ao máximo a nossa camisola e defender da melhor maneira possível o título conquistado. É facto que todos sonhamos repetir a proeza, agora eu prefiro pensar que, não obstante a nossa ambição, devemos ter os pés assentes no chão e pensar jogo a jogo», referiu, a propósito, o central João Real.
«Os crónicos candidatos são sempre os mesmos e, nós, mais uma vez, vamos correr por fora. A estratégia deu frutos no ano passado. Conseguimos chegar lá sem pressão acrescida. Este ano o melhor é pensarmos da mesma forma e tentar chegar o mais longe possível», acrescentou.
Frente a um adversário da III Divisão, o defesa promete atitude para evitar uma eliminação prematura: «Sabemos que não vai ser fácil, independentemente do Ponte da Barca ser uma equipa amadora. Temos de respeitá-los como todas as outras equipas. Estamos motivados e com o devido respeito para não sermos surpreendidos.»
«Ao longo dos anos, temos vários exemplos de que as equipas podem sofrer dissabores. Cair em facilitismos é traiçoeiro. Temos de pegar nesses exemplos para não sermos surpreendidos no domingo», assegurou.
Orlando como exemplo
De regresso aos relvados quase dois meses depois de se ter lesionado, o esquerdino confessa que viu no colega Orlando uma fonte de inspiração para superar a fase má. O ex-capitão da Briosa voltou aos treinos nove meses depois de se ter novamente magoado no tendão de Aquiles esquerdo.
«É o exemplo a seguir. Olhava para ele e dava-me mais força para superar os problemas. Apesar de ambos estarmos lesionados, a minha situação não teve nada a ver com a dele. Temos de olhar para o que ele passou, para a força que tem e para a forma como sempre acreditou e nunca pensou desistir. Desejo-lhe a melhor sorte do mundo e que volte rapidamente a jogar.»