A União Ciclista Internacional (UCI) anunciou ter aberto um inquérito sobre a queda do belga Remco Evenepoel (Deceuninck-QuickStep) na Volta à Lombardia, em 15 de agosto, nomeadamente sobre eventuais transmissões de informações em corrida.

«Questionámos a CADF [fundação antidopagem], face às imagens que podem ser vistas na televisão, para que ela inquira, para que ouça os envolvidos e para que se saiba mais sobre o objeto que terá saído do bolso de Remco Evenepoel», disse o presidente da UCI, David Lappartient, em declarações na véspera do arranque do Tour.

Nas imagens, vê-se Davide Bramati, diretor desportivo da Deceuninck-QuickStep, retirar um objeto do bolso traseiro do jovem belga, o que tem suscitado alguma interrogação.

«O diretor desportivo disse que pensaram que a queda se deu porque tinha deixado de emitir os seus dados. Mas de que dados está a falar?», pergunta agora Lappartient.

«É proibido transmitir um certo número de dados. Vamos investigar esse ponto. Se são apenas dados de localização, é diferente», acrescentou.

Remco Evenepoel, 20 anos, era o grande favorito da prova até sofrer uma queda violenta. A 40 quilómetros da meta, na descida do Mur de Sormano, caiu numa ravina, após ter embatido num muro de pedra, e fraturou a pélvis. Terá agora de passar por um período de repouso absoluto de pelo menos seis semanas, pelo que falhará o resto da temporada.

O corredor da Deceuninck-QuickStep tinha vencido, até à Volta à Lombardia, todas as provas em que participou no ano de 2020: Volta a San Juan (Argentina), Volta ao Algarve (Portugal), Volta a Burgos (Espanha) e Volta à Polónia, esta última do escalão WorldTour, e apontava à Volta a Itália, que arranca em 03 de outubro.