19 de março, Dia do Pai.

Esta terça-feira celebra-se uma data especial para quem troca o mundo por um sorriso, um abraço ou uma palavra de um filho. Porque, para quem é pai, não há nada melhor isso: não há nada melhor do que exatamente aquele sorriso, do que aquele abraço ou do que aquela palavra.

Para um jogador de futebol, aliás, nem sempre é fácil ser pai.

São muitas horas longe dos filhos. Muitas horas em viagens, muitos dias em estágios, muitos meses preso num determinado local, sem poder viajar sem pedir autorização ao clube, por exemplo.

«Só desde que terminei a carreira é que posso fazer férias naqueles tempos mortos da escola dos meus filhos. Quando jogava não podia fazer férias na Páscoa ou Carnaval», conta Fernando Meira.

«Este é um tema sensível para quem jogou futebol. A nossa prioridade é sempre a família, não há nada tão importante quanto isso, mas a carreira consome-nos muito tempo. O que tentava fazer era compensar nas folgas, estar sempre todo o tempo com as crianças. Mas pequenos gestos como levar os filhos à escola ou ir buscá-los, é muito difícil. Por isso quando parei de jogar insisti em ser sempre eu a fazer isso.»

Fernando Meira teve, de resto, uma carreira cheia. Jogou no V. Guimarães, no Benfica, no Estugarda, no Zenit e na Seleção Nacional. O mais difícil, garante, eram as grandes competições.

«Claro que os jogadores querem sempre ir o mais longe possível na carreira, querem estar nas grandes provas, nos Mundiais, nos Europeus, na Liga dos Campeões. Mas os estágios eram muito complicados. Passar duas ou três semanas longe dos filhos é difícil e sentiam-se muitas saudades.»

O segredo, lá está, passa por aproveitar todos os instantes juntos. Até porque há momentos, e gestos, que valem um ano inteiro.

Ora por isso, o Maisfutebol decidiu guardar para este dia uma surpresa para os jogadores do nosso campeonato.

Pedimos a dez mães que nos enviassem uma mensagem dos filhos, a falar dos pais. Do que mais gostam neles, do que gostam de fazer com eles, do que significam os pais para eles.

Do pequeno Benjamim, filho do guarda-redes Matheus, do alto dos seus nove meses, a Beatriz, filha de Dyego Sousa, já uma adolescente com 14 anos, recebemos mensagens de todas as idades, com todo o tipo de linguagem (ou não fossem muitos deles ainda bebés) e para todos os gostos.

Até o pequeno Bernardo, filho de Claudemir, que se cansou de ser filmado. «Não quero mais, mamãe», teve de gritar.

Vale a pena ver, de resto, as mensagens ternurentas de Carolina, filha de Vítor Bruno, apenas com três anos, ou de Afonso, filho de Pizzi, com dois anos, que destaca o quanto gosta de «fazer macacadas» com o pai. Vale a pena ver também o orgulho de Matheus, com 14, e Murilo, com 5 anos, ambos filhos de Douglas, guarda-redes do V. Guimarães.

Enzo, filho de Tiago Caeiro, diz que o pai «é muito lindo e muito fofinho» porque o ensinou «a jogar à bola». Maria Júlia, filha do açoriano Minhoca, também gosta «de jogar à bola» com o pai, enquanto Lara, filha do portista Fabiano, prefere «brincar de vaquejada», uma tradição do nordeste brasileiro: enfim, o pai perceberá exatamente do que se trata.

Num golpe de criatividade, Elvine, filha de Babanco, do Feirense, cantou uma mensagem. «O meu pai é grande, quase chega ao céu, tem a força de um gigante, o pai é só meu», trauteou.

Enfim, são onze mensagens que vale a pena ver. Momentos de pura ternura.

Divirtam-se, e bom dia a todos pais.

[artigo originalmente publicado às 23h56, 18-03-2019]