Pouco passa das oito da manhã quando o Maisfutebol chega e o Benfica Campus já ferve de vida. O sol começa a queimar e anuncia um dia de calor. Há um corrupio de funcionários, miúdos e técnicos. Ao longo do dia mais de quinhentas pessoas vão passar por ali.

No refeitório da ala de formação, paralelo ao refeitório da equipa principal, os jovens começam a chegar para o pequeno-almoço. Para os jogadores de transição para o profissional, das equipas sub-19, sub-23 e B, é obrigatório tomar a refeição no Seixal.

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Antes de chegarem ao refeitório já tiveram de passar pelos balneários, para se equiparem. É com a roupa de treino, e já prontos para trabalhar, que vão tomar a primeira refeição do dia.

O pequeno-almoço dos mais velhos estende-se até às 9:15 e é seguido por um nutricionista. É essencial que todos comam pão, cereais e fruta. Para beber, um sumo de laranja ou leite.

Os jogadores vão-se sentando nas várias mesas, agrupando de acordo com as amizades de cada um e comem tranquilamente. Ainda em chinelos descem um andar. Alguns regressam ao balneário, outros passam pelo departamento médico para se prepararem para o treino.

No posto médico cruzam-se jogadores das três equipas. Chamam-lhe o confessionário, por ali se partilharem todas as dúvidas e receios. Há cinco fisioterapeutas sem mãos a medir, num trabalho constante de massagens, tratamentos e análise de queixas.

Carlos Teles é um desses fisioterapeutas e explica ao Maisfutebol que o trabalho feito ali é «articulado com as áreas do exercício, do ginásio, da fisiologia, da nutrição e da psicologia».

«O objetivo é que os atletas passem sempre por aqui antes de irem para o treino. Existem alguns atletas que já têm um historial de lesões e com eles fazemos um trabalho de prevenção e de preparação para o treino e para os jogos. Há outros que vão apresentando um traumatismo ou alguma lesão e com esses fazemos um trabalho de reavaliação diária e de tratamento.»

A sala está cheia quando Tiago Gouveia aparece. Está a treinar com o plantel principal, mas vai mantendo os hábitos junto dos colegas de sempre. É o mais divertido, tem sempre uma piada na ponta da língua e, quando surge, o ambiente fica mais ruidoso. Brinca com toda a gente e lembra a regra de não usar telemóvel naquele espaço. Quase todos os colegas guardam o aparelho.

Entretanto são 10 horas e no campo número nove os sub-19 estão a começar o treino. O Benfica tem uma política de migração de jogadores entre os sub-19, sub-23 e equipa B, para tirar os atletas da zona de conforto e obrigá-los a desafiarem-se em diferentes contextos.

Esta manhã no plantel sub-19, treinado por Luís Araújo, estão vários jovens que venceram a Youth League: André Gomes, António Silva, Diego Moreira, Hugo Félix ou Luís Semedo.

Logo no início do treino chega João Neves, o médio promissor que uma lesão afastou da final four da Youth League. Continua a recuperar da lesão, que ainda o vai manter parado alguns meses, mas faz questão de acompanhar sempre o trabalho dos colegas. Os responsáveis colocaram a psicóloga da equipa a acompanhá-lo mais de perto nesta fase complicada, os dois chegam juntos ao campo e passam todo o treino a conversar junto à linha lateral.

No relvado o treino segue normal. Na altura do aquecimento há uma ou outra brincadeira, há abraços cúmplices, que vão desaparecendo quando o trabalho se torna mais sério.

Todos os atletas utilizam um sistema de tracking GPS, que mede detalhes como a velocidade, a distância ou os piques realizados. A informação é enviada em tempo real para o computador de um analista, que sentado no banco de suplentes recebe, organiza e passa as conclusões aos técnicos.

O outro analista está a manobrar uma grua que filma de um plano superior todo o treino, para depois ser revisto e analisado. Todos os treinos, de todas as equipas, no Benfica Campus são filmados. A equipa B é a única que tem as sessões filmadas por um drone, sendo que é o analista Tiago Maia o responsável por esse trabalho.

«A vantagem do drone é que nos dá uma perspetiva diferente, num plano superior e com uma imagem de grande qualidade. Tem as suas limitações, porque as baterias dão para vinte minutos, o que nos obriga a ter três e ir mudando. Mas a perspetiva é excelente. Pode ser por cima dos jogadores, pode ser mais afastada e é perfeita em termos de perceção do movimento dos atletas.»

Tiago Maia explica, de resto, que as imagens recolhidas são depois tratadas e analisadas, tanto para revisão do treino, como também para preparar a equipa no aspeto estratégico. São feitas animações com as coisas que o treinador pretende ver aplicadas no jogo e em alguns casos são feitos clips individuais para corrigir ou aperfeiçoar determinado jogador.

O nível de profissionalismo que o Benfica coloca no trabalho dos três plantéis de transição percebe-se, aliás, na composição das equipas técnicas.

A formação B, por exemplo, tem nove elementos a trabalhar no relvado: um treinador principal, dois treinadores de guarda-redes, dois analistas, um fisioterapeuta, um preparador físico e dois adjuntos, um dos quais especializado no desenvolvimento individual dos atletas.

Todas as equipas técnicas têm um elemento focado no desenvolvimento individual, aliás. Sobretudo nos escalões mais baixos, esse trabalho torna-se mais evidente.

Os sub-17, por exemplo, reservam a quinta-feira de manhã exatamente para um treino de desenvolvimento individual. Nesta semana, porém, essa sessão foi trocada por um treino normal. O preparador físico Rodolfo Vitória explica que tudo tem a ver com microciclos.

«Nós temos sempre um microciclo padrão e dentro desse microciclo padrão reservamos as manhãs de terça e quinta-feira para trabalharmos individualmente os jogadores. Esta semana é atípica, há pausa para as seleções e, portanto, estamos numa semana diferente do habitual: trabalhámos na terça-feira, ontem folgámos e amanhã folgamos outra vez. Por isso o que tentamos fazer hoje é dar um pouco mais de carga aos atletas e aumentar os índices físicos com duas sessões de treino.»

A sessão dos sub-17, no campo sintético número cinco, com uma vista fabulosa para a baía do Seixal e para Lisboa, passa muito por exercícios de ataque organizado e finalização, mas nota-se a preocupação constante de Rodolfo Vitória em corrigir aspetos individuais: como receber a bola, como rodar, como posicionar o corpo em determinado movimento.

«Este processo é complementado com o trabalho feito em vídeo, para auxiliar depois as sessões em campo. Fazemos uma pré-avaliação dos jogadores, vemos as necessidades individuais que eles têm para desenvolvimento das suas capacidades, fazemos uma análise com os próprios jogadores em reuniões individuais e depois trabalhamos aquilo que eles se comprometem durante cada ciclo a desenvolver para terem mais argumentos técnicos. Os treinos de desenvolvimento individual, por exemplo, têm exercícios diversos. Podem ter um cariz mais técnico, e aí o que nos importa é o número de repetições, para aperfeiçoamento da técnica. Também podem ter um cariz mais tático, e aí importa aplicar a técnica num contexto de jogo, para dar aos jogadores o maior reportório possível para resolver as várias situações que vão encontrar em campo.»

Deixamos a equipa sub-17 no campo cinco e andamos alguns metros até ao campo quatro, onde treina a equipa B. O relvado fica ao lado do campo da equipa principal, mas sem vista para o que lá se passa. O isolamento do plantel de Nélson Veríssimo é total, aliás.

Depois do pequeno almoço e de uma passagem pelo departamento médico, a equipa B teve uma palestra no auditório, para preparar o jogo com o Feirense. O treinador António Oliveira pediu para a palestra ser fechada e por isso reencontramos os jogadores no campo.

Neste grupo estão vários jogadores que batem à porta da equipa principal. Tomás Araújo, Sandro Cruz, Martim Neto, Cher Ndour, Henrique Araújo ou Rafael Brito, por exemplo.

A aplicação é total. Está a terminar a época, vem aí a fase das decisões sobre a construção dos planteis da próxima temporada e ninguém quer perder o comboio. Os jogadores falam muito, há indicações permanentes e quase não se percebe a presença do drone a filmar tudo.

Quando o treino acaba já é quase meio dia e os jogadores abandonam o sol tórrido da Margem Sul para cumprir um ritual curioso. Num móvel pendurado na parede, à entrada do balneário, estão à espera deles os batidos preparados pelo departamento de nutrição.

Cada jogador tem um batido feito especificamente para ele, com os nutrientes que mais precisa, e identificado com o seu nome. Percebe-se que não são fãs da bebida, mas têm de a tomar antes de ir para o ginásio. Por isso chegam e pegam na respetiva garrafa.

Ana Batista é uma das nutricionistas da equipa e explica como é feito o trabalho de nutrição.

«É tudo personalizado em função dos objetivos, do tipo de treino, da fase da época em que estamos e dos gostos de cada um. Nós conhecemos os atletas, em função das consultas conseguimos perceber as necessidades específicas e trabalhamos em conjunto com os vários departamentos para sabermos o tipo de treino que eles fazem, quer em campo quer no ginásio. Aí percebemos: ok, ele tem este objetivo, está nesta fase da época, fez este treino, portanto vai precisar disto.»

Depois do batido, o dia de trabalho continua no ginásio. Há dois quadros com a indicação dos exercícios que cada atleta deve fazer e também aqui o planeamento é individualizado.

Há dois preparadores físicos no apoio, para um trabalho em que se juntam os sub-19 e os bês: neste dia os sub-23 estavam de folga. Hugo Zagalo é o responsável pelos sub-19.

«O trabalho tem que ser ajustado consoante o contexto em que o atleta está, para que ele possa estar fresco e nas melhores condições para o jogo. Eles diariamente respondem a quatro questões pré-treino, para nós verificarmos a prontidão de cada um. A partir daí são controlados durante o treino com os dispositivos de GPS e com os cardíaco-frequencímetros, para medirmos a carga interna. Depois do treino respondem qual foi a carga que sentiram. Nós temos esses indicadores, que depois fornecemos à equipa técnica, para ela poder planear da melhor forma o treino e para nós planearmos o nosso trabalho complementar aqui no ginásio.»

Havia jogadores que tinham regressado da seleção, onde tinham feito treinos bidiários, pelo que estavam cansados e fizeram um treino de recuperação. «Trabalho de força superior, algum trabalho de mobilidade e algum trabalho de estabilização da cintura pélvica.» Os restantes fizeram um trabalho de reforço de grupos musculares mais localizados.

Conforme foram acabando o treino que lhes estava marcado, os jogadores recolheram aos respetivos balneários. Foi o momento de maior descontração e mais brincadeiras.

Seguiu-se o almoço no refeitório. Mais uma vez um nutricionista acompanhava toda a refeição e um cartaz à entrada informava que era obrigatório comer sopa, legumes ou salada, um prato de carne ou peixe, mais hidratos. Para beber... apenas água, claro.

Houve jogadores que pediram para levar o almoço para casa, a maior parte comeu no refeitório. Todos tentaram fazê-lo antes das 14 horas, quando os miúdos com quinze ou menos anos chegavam da escola. A partir daí, já sabem, as filas tornam-se-iam enormes.

O Benfica, refira-se, divide os jovens em dois grupos. Os miúdos até aos 15 anos estudam na Escola José Afonso, na Arrentela, e têm aulas todas as manhãs. Os outros, com mais de 16 anos, estudam no Colégio Guadalupe, na Aroeira, e têm aulas três dias por semana.

Por volta das 14 horas, portanto, chegam os miúdos da Escola José Afonso. Vêm num autocarro do clube, pousam a mochila num cacifo e seguem para o almoço. As regras são agora mais apertadas e dois monitores certificam-se que tudo corre bem. Todos são obrigados, por exemplo, a deixar o telemóvel numa caixa à entrada do refeitório.

Depois do almoço, há um tempo livre. O Benfica Campus tem três salas de convívio: uma no piso 2, onde vivem os mais velhos, outra no piso 1, onde dormem os mais novos, e uma maior no piso 0, que se destina sobretudo aos externos (que não vivem no Seixal).

No piso 1 há playstations, jogos de mesa e uma monitora do departamento de tempos livres que acompanha os miúdos. Chama-se Rita Ferreira e divide o trabalho com duas colegas.

«Eles não têm muito tempo livre, é mais a seguir ao almoço e ao jantar. Nessas alturas estão muito por estas salas, a jogar, a ver televisão ou a conversar. Quando temos mais tempo, fazemos workshops de culinária, outro dia fizemos um atelier de papagaios de papel, com um concurso em que ganhava o que voasse mais tempo. Fazemos sessões de cinema, vamos à praia, fazemos laser tag, vamos ao Jump Yard, enfim, tentamos ocupar o tempo livre deles de outra maneira. Agora, por exemplo, estamos a fazer um torneio setas e um outro torneio de FIFA 22.»

No piso 0, aliás, uma colega de Rita Ferreira organiza mais uma sessão do torneio de setas. Nesta sala há também uma mesa de snooker, matraquilhos, várias playstations, puffs e um pequeno auditório, com um projetor, onde são exibidos filmes e os jogos mais importantes.

Não há muita gente, ao início da tarde, nas salas de convívio, mas há uma razão para isso: ninguém pode ir sem primeiro arrumar o quarto. Um monitor certifica-se que todos cumprem.

Na residência do Seixal, de resto, moram noventa jovens. A maior parte com menos de 16 anos. Os mais novos ficam no primeiro piso e os mais velhos no segundo. O terceiro piso só se abre para receber os estágios do plantel principal. Quando fazem 18 anos, os jovens têm de sair. No final desta época, portanto, será a vez de jogadores como Hugo Félix, André Gomes, Nuno Félix ou João Neves deixarem de viver no Campus e procurarem uma casa.

Ora enquanto uns arrumam o quarto e outros jogam nas salas de convívio, há miúdos que já estão na sala de estudo. Esta é claramente a obrigação que levam menos a sério. A professora que dá apoio esforça-se por motivar os alunos, mas não é uma tarefa fácil.

Todos os miúdos até ao nono ano, que frequentam a Escola José Afonso, têm de estar 45 minutos por dia na sala. Os mais velhos, que estudam no colégio, estão dispensados disso.

Catarina Santos é a coordenadora do departamento escolar desde 2005 e garante que o Benfica não exige bom aproveitamento escolar a ninguém, mas dá aos jovens todas as condições para isso. A partir daí depende de cada um.

«Aqui toda a gente até aos 18 anos estuda. Os que têm mais de 18 anos, fica ao critério deles. Há um acompanhamento normal no dia a dia, que todos têm através da sala de estudo. Quando precisam, é-lhes dado um apoio extra. Por exemplo, tivemos alunos que no primeiro período tiveram mais de três negativos e tiveram um acompanhamento extra, agora no segundo período as negativas desapareceram e acabou o acompanhamento. Vamos fazendo sempre essa monitorização e enquanto eles precisarem têm esse apoio, que até pode passar para um professor só para eles. A taxa de sucesso do departamento escolar é muito elevada, temos andado sempre à volta de 92 por cento. No ano passado batemos o recorde do número de candidaturas à universidade, tivemos doze candidatos e só dois é que não conseguiram entrar. Este número é um orgulho e mostra como eles conseguem conciliar as duas coisas.»

O Maisfutebol deixa os jovens na sala de estudo e vai até outra parte do edifício central, onde ficam os escritórios do departamento de formação. Ao longo de um corredor há gabinetes de um lado e de outro. As equipas técnicas, por exemplo, trabalham todas ao lado umas das outras. Mas é também aqui que estão os gabinetes de nutrição, psicologia, apoio ao jogador, análise física, comunicação, enfim, todas as áreas que lidam diretamente com os atletas.

É também nesta altura que mais gente faz o trabalho de secretária. Os analistas, por exemplo, organizam toda a informação recolhida durante os treinos da manhã. A equipa técnica dos sub-17 prepara o treino da tarde e discute exercícios num quadro. Na sala de reuniões está a haver um encontro de todo o staff de trabalho dos sub-19: equipa técnica, nutricionistas, psicóloga, fisiologistas, médico e fisioterapeutas. Analisam o momento da equipa e preparam o fim de época.

Há um bar de apoio aos gabinetes, com água, café e alguma comida. Naquele dia tinha também um bolo de bolacha oferecido para celebrar as estreias de Tiago Gouveia e Sandro Cruz pela equipa principal no último fim de semana.

Enquanto isso, no ginásio a equipa sub-15 já iniciou o treino. João Gomes, o preparador-físico, explica que é um trabalho feito com todos os jogadores duas vezes por semana.

«Essencialmente temos três grandes objetivos. Primeiro, melhorar a performance deles, tentando fazê-los mais rápidos, mais resistentes e mais potentes. O segundo objetivo é cultural, ou seja, começar a dar-lhes as bases para saberem o que é que é estar no ginásio e conhecerem as rotinas do que é que é ser um atleta. O terceiro objetivo é de performance, tem a ver com a questão de prevenção de lesões, porque apesar de serem novos têm épocas muito compridas e com muitos jogos. Procuramos individualizar o trabalho de cada um, porque apesar de eles terem todos a mesma idade, não estão na mesma fase de crescimento. Alguns estão numa fase pré-pubertária e fazem um trabalho mais técnico e com menos carga. Aqueles que já cresceram e têm uma boa base muscular, já conseguem fazer um trabalho mais diferenciado em termos de carga.»

Mais uma vez, cada atleta tem num quadro a especificação do trabalho que deve fazer.

Entretanto já são 16 horas e começam os treinos da tarde. A equipa sub-16 é a primeira a subir ao relvado, no campo número sete: um relvado, aliás, que foi preparado de manhã por dois funcionários da empresa de relvados e se apresenta em excelentes condições.

A preocupação passa por trabalhar noções de movimentação defensiva, como por exemplo os princípios coletivos de pressão sobre o adversário. Apesar disso, o treino segue a bom ritmo e com poucas interrupções. Nota-se que há um interesse em deixar os miúdos jogar.

Há, de resto, um detalhe curioso em relação a estas equipas mais jovens: em nenhum instante o treinador censurou uma iniciativa individual. Há uma atenção permanente às movimentações coletivas, mas no momento ofensivo os jogadores são livres para arriscar.

Este aspeto torna-se até mais evidente nos sub-14. São o plantel mais jovem a treinar no Seixal e a sessão começa mais tarde porque há muitos jogadores que vêm de Lisboa. São também o maior grupo: 29 jogadores, orientados por duas equipas técnicas. Ao fim de semana este grupo divide-se em duas equipas, que disputam diferente campeonatos.

Neste treino tudo é liberdade. O trabalho começa com um aquecimento muito organizado, segue-se um exercício de finalização e depois é jogo livre: muitos golos e gargalhadas.

Já passa das 20 horas quando o Maisfutebol deixa o campo número seis. Os miúdos mais novos ainda lá ficam. A maior parte dos jogadores, porém, já se dirige para o jantar.

Quando vamos a sair, ainda nos cruzamos com André Gomes, Hugo Félix e Nuno Félix. Os três jovens dos sub-19 estão a chegar, com a mochila às costas, de mais uma tarde aulas no Colégio Guadalupe. Vão jantar e provavelmente descansar.

Ao contrário dos miúdos, eles que têm mais de 16 anos podem ter uma televisão no quarto. Mas o dia já vai longo e na manhã seguinte, logo bem cedo, recomeça tudo outra vez.

E o Benfica Campus vai voltar a ferver de vida.