Filipe e Beatrix esperaram com expectativa, na tarde desta quinta-feira, a chegada da seleção de Portugal ao hotel na Alemanha, mas acabaram por ser impedidos de ver os ídolos da equipa lusa.

Talvez má sorte, mais ainda para pai e filha que vivem precisamente em Unterschleissheim. É ali que Portugal vai ficar alojado, no Infinity Hotel, na cidade do distrito de Munique que dista cerca 20 minutos da Allianz Arena, onde Portugal defronta a Alemanha às 17 horas do próximo sábado.

Para Filipe, na Alemanha há 18 anos, ver a seleção nacional no país onde reside «é uma sensação de orgulho». «Principalmente a jogar aqui e a ficar aqui no hotel, porque eu vivo nesta vila. Moro aqui mesmo ao lado, por isso é que eu fiz assim as contas. Correu mal, porque eles vinham a virar e eu vinha a virar… a polícia bloqueou-me, mas fiz ali a festa sozinho dentro do carro, a buzinar», contou, em conversa com o Maisfutebol.

A filha de Filipe, Beatrix, foi parca em palavras. Quem veio ver? «O Ronaldo», claro está. «O Ronaldo e o Pote… [ela] é sportinguista», atira o pai, completando, antes de lançar o jogo da segunda jornada do grupo F.

«A Alemanha tem de ganhar e está sob pressão desde o último Mundial. Tem o treinador arrumado [Joachim Low], é o último campeonato que vai fazer. Tem a pressão de ter os resultados, se irão ter ou não, vamos ver. Penso que Portugal vai empatar 1-1. Do meu ponto de vista, vai ser a tática como há cinco anos, de quem não quer a coisa», atira.

Há cinco anos na Alemanha: «É bom sentir mais portugueses junto de nós»

Filipa, portuguesa há cinco anos a viver em Munique, também fez questão de presenciar, com o filho Ricardo, a chegada da seleção a solo germânico.

«Moramos há cinco anos [em Munique]. Fomos ao aeroporto, pensávamos que íamos conseguir ver, mas depois percebemos que não estava lá ninguém e viemos aqui [perto do hotel]. Vimos o autocarro chegar. É sempre um orgulho, para nós é sempre bom sentir mais portugueses junto de nós, ainda por cima uma seleção como esta. Para mim, a melhor equipa do Euro. Por isso, é um orgulho e não podia deixar de ver. Ele [o filho] vive há mais tempo na Alemanha do que em Portugal, mas continua a bater coração português», disse.

Ricardo e Filipa, adeptos que esperaram a seleção à chegada ao hotel na Alemanha (Foto: VM)

Ora, e o filho de Filipa, tal como a filha de Ricardo, também foi de poucas palavras. Só vira costas e mostra a camisola com o nome de Cristiano Ronaldo, o ídolo que queria ver de perto.

E ver de perto o Alemanha-Portugal é o que Filipa e outras três pessoas já não vão fazer nas bancadas. Ela tinha quatro bilhetes, mas devolveu devido à covid-19, pensando que não ia ser possível ir ao estádio.

«Com esta coisa da covid-19 que afetou tanta gente, acho que só agora está a cair a ficha de que vamos ter este evento aqui. Eu tinha bilhetes, mas depois achámos que não íamos conseguir ver mesmo e devolvemos, um erro (risos). Tínhamos quatro bilhetes espetaculares, mas depois mandámos tudo para trás. Agora não se pode fazer mais».