* Enviado-especial do Maisfutebol aos Jogos Olímpicos
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Nas águas agitadas de Deodoro, José Carvalho chegou perto do diploma olímpico. Fez nono lugar na final de C1 slalom em canoagem, dentro de um Top-10 que há pouco tempo lhe parecia «impossível».

José sabe do que fala. Há três anos foi obrigado a largar Amarante para viver em Espanha. «Era a única forma que tinha de poder evoluir», diz ao Maisfutebol, poucos segundos após a sua primeira final olímpica.

Portugal, de resto, nunca estivera representado a este nível nuns Jogos. O nono lugar é «ótimo», mas José Carvalho admite que o tempo obtido podia ter sido «bem melhor».

«Quis arriscar, para me aproximar dos melhores, e levei duas penalizações. Já se sabe que o erro anda muito perto do risco. Tomei essa opção de forma consciente», diz o remador nortenho.

Para ele, nesta modalidade pouco divulgada em Portugal, tudo começou bem cedo. «Tinha oito anos e fui para umas férias desportivas. Meti-me num caiaque, adorei a experiência e nunca mais parei de remar. E aqui estou eu (risos)».

Do Rio de Janeiro, José Carvalho leva «a certeza» de ter dado mais visibilidade ao slalom aquático e a impressão de ter «crescido» muito como atletas.

E em Tóquio, 2020? «Contem comigo. Vou chegar lá com outro estatuto e o desejo de fazer mais e melhor».

José Carvalho, 28 anos, qualificou-se para o Rio de Janeiro já muito perto do início do torneio. Aproveitou uma vaga deixada pelo Reino Unido e agarrou-a bem. De excluído passou a integrante do Top-10 mundial.