A sentença relativa ao «caso Clermont-Ferrand é conhecida no próximo dia 11 de Setembro. Em julgamento estão dois responsáveis da Federação Portuguesa de Futebol - o médico João Resende e o secretário técnico António Cravinho -, que são acusados pelo Ministério Público Francês de terem impedido a realização de um controlo antidoping após o França-Portugal, de apuramento para o Europeu de sub-21, em 2003.
Esta segunda-feira tiveram lugar no tribunal Clermont-Ferrand as alegações finais, durante as quais o Ministério Público acabou por pedir a condenação com uma pena de multa para João Resende e António Cravinho, ficando desde logo colocada de parte a possibilidade dos responsáveis virem a ser detidos como chegou a ser hipótese quando se falou de uma pena de seis meses de prisão e uma multa de 7.650 euros.
Segundo diz o site oficial da FPF, os dois responsáveis não permitiram que se realizasse um controlo antidoping aos jogadores portugueses que nesse encontro com a França conseguiram o apuramento para o Euro sub-21 de 2004 porque foram apenas avisados do mesmo pelos responsáveis gauleses durante o intervalo do jogo, quando a UEFA determina que as equipas sejam informadas dos controlos antidoping antes do início dos encontros. Face ao impasse gerado, os responsáveis franceses que iriam realizar o controlo consideraram ultrapassado o tempo limite para a recolha das amostras, desistindo do mesmo e avançando com uma queixa contra os dois responsáveis lusos. Estes argumentam agora não saberem que existe uma lei que permite que sejam feitos controlos antidoping sem que haja acordo com as instituições organizadoras das provas, neste caso da UEFA.