A figura: Cristiano

Condenado a trabalhos forçados face ao irrequieto Carrillo, negou o golo a Heldon, e ainda fez uma bela defesa a livre de André Martins. Agradeceu, seguramente, a acalmia da segunda parte, mas deu a sensação que teve sempre os acontecimentos controlados. Prova disso foi o único remate de Montero, ao qual se opôs com grande qualidade. Foi graças a ele que a Académica aguentou o resultado, até conseguir chegar ao empate.

O momento: Rafael Lopes acaba com o jejum

Contratado em Janeiro para resolver os problemas com os golos da equipa então liderada por Sérgio Conceição, ainda não havia conseguido marcar com o losango ao peito, talvez por estar a guardar-se para uma ocasião solene. Falhou por pouco no primeiro aviso, acertou logo a seguir. Letal.

Outros destaques:

Carrillo

Começou a partida a todo o gás, com três remates cheios de intencionalidade, mas haveria de fazer o golo de cabeça, o primeiro do campeonato, que ajudou a desbloquear a partida. Continuou bastante em jogo, mas só veria a dar nas vistas já na segunda parte, quando voltou a ter o golo nos pés, que Montero desviou do alvo. Por tudo o que fez, não merecia o final dramático e os dois pontos a voar…. muito menos a participação involuntária para o empate da Briosa.    

Adrien

Na «ausência», antes e depois da expulsão, de William Carvalho foi o patrão que o meio-campo leonino precisava, a levar jogo para a frente, mas também a tentar a meia-distância. É daqueles que não sabe jogar mal e raramente baixa os braços. Fossem todos como ele.

Naby Sarr

Estreia em exclusivo absoluto no onze de Marco Silva. Beneficiou da fraca produção atacante dos estudantes, mas sempre que foi chamado a intervir fê-lo com acerto e serenidade, optando por não complicar o que, por natureza, estava a ser simples. A rever.

Jefferson

Grande cruzamento para o golo de Carrillo do jogador mais utilizado por Marco Silva na pré-temporada. Uma assistência perfeita, de uma banda à outra, com a bola a cair entre o guarda-redes e o poste, a pedir aquilo que o peruano fez sem se fazer rogado.

Cédric

Aproveitou bem as facilidades concedidas por Ofori para subir e cruzar em barda, sobretudo nos períodos em que o Sporting carregou. Foi uma pena que tenha saído ao intervalo, por força de uma lesão, porque a equipa iria, certamente, continuar a beneficiar dos seus «raides» na segunda parte.

Montero

Não marca desde fevereiro e é impossível não reparar na falta de confiança que o assola. Além de não rematar (a exceção foi um disparo que Cristiano afastou já perto do final), ainda consegue atrapalhar as ações dos colegas, como aquele remate que poderia ter dado o segundo da noite a Carrillo, mas que o colombiano... desviou para fora. 

Magique

É caso para perguntar o que estaria a fazer no banco. Mal entrou, serviu Rafael Lopes para um remate que passou a milímetros do poste. Logo a seguir, obrigou Rui Patrício à defesa da noite. Está tudo dito.

Rui Pedro

Foi, a par de Marcos Paulo, um dos mais inconformados dos estudantes, Desviado para o lado esquerdo do ataque, onde não será tão rentável como no centro, deu, mesmo assim, que fazer a Maurício com uma ou outra arrancada com a bola sempre bem controlada nos pés. Além disso, foi ele que «arrancou» a expulsão a William. Carvalho.