Ricardo Baptista não teve um jogo fácil frente ao Chelsea. O guarda-redes português do Wycombe lembra as marcas de vários choques violentos, a primeira das quais na mesma altura em que a equipa londrina fez o primeiro golo da partida. Mas, com a mesma tranquilidade que jogou ontem, explicou o que se passou.
«Levei um ponto no queixo, tenho um olho roxo, dói-me o maxilar e tenho a cara inchada, mas tá-se bem», começou por contar ao Maisfutebol o guarda-redes ex-V. Setúbal. Assim, com esta tranquilidade, Ricardo Baptista lembra momentos de grande dificuldade em se concentrar no jogo. «Quando choquei com o Bridge fiquei meio inconsciente. Depois recuperei um pouco, mas sentia que não estava ali. Quer dizer, eu estava a jogar, mas era como não estivesse, não era por mim. Mesmo assim consegui aguentar.»
Ballack acabou com o resto
Ao minuto 36, Ricardo Baptista recorda como uma hesitação foi fatal. «Dei um passo atrás antes de arrancar», explicou. «A decisão de sair foi boa, mas não devia ter dado aquele passo atrás», lamentou. «Depois quando lá fui já cheguei atrasado. Acontece...», e assim aconteceu o golo do Chelsea. Mas durante longos cinco minutos, Ricardo Baptista de um lado, e Wayne Bridge do outro perdiam sangue das faces. «Falei com ele no final, ficou tudo bem. Nós fomos companheiros no Fulham, não há crise, ele conhece-me.»
Mas pior ficou o guarda-redes português mais tarde. «Quando choquei com o Ballack é que fiquei mesmo mal. Com o Wayne Bridge ainda aguentei, mas quando bati no Ballack é que fiquei fora de mim. Nem sabia onde estava», contou Ricardo Baptista. «Faltavam alguns minutos para o final e só queria que acabasse. Felizmente consegui aguentar até ao fim.»
O jogador português diz que já está pronto para outra, mesmo com a cara marcada. «Isto não me impede de jogar no próximo encontro, estou bem, está tudo bem. Estou pronto.» Assim seja.