No adeus ao Barcelona, Frank Rijkaard revela-se orgulhoso do trabalho e dos resultados obtidos ao longo de cinco anos. O técnico holandês foi considerado o melhor treinador da Europa em 2006, venceu duas ligas espanholas e uma Liga dos Campeões ao serviço do clube espanhol.
«Muitas vezes, as sensações e emoções têm mais poder do que uma palavra. Estes cinco anos foram muito intensos», explicou Rijkaard, em declarações ao site do clube.
O holandês afirma ter encontrado semelhanças no ambiente do clube relativamente ao vivido em Amesterdão, realçando que em ambos existe natural pressão. «Há muitas coisas iguais na Holanda e no Barcelona. Uma delas é a pressão. Estou habituado a isso desde que fui jogador das camadas jovens do Ajax. Para mim aqui não foi uma surpresa», disse.
Ronaldinho pisca o olho a Inglaterra
Quando questionado sobre a relevância de Alex Ferguson no futebol europeu, Rijkaard destaca as importantes diferenças entre o futebol inglês e o espanhol. O técnico recorre ao exemplo da estrutura dos clubes para realçar as características díspares. A estrutura de mercado inglês é quase imutável, na opinião de Rijkaard, ao contrário daquela que encontrou no Barça.
«Aqui ocasionalmente ocorre mudança de estrutura organizacional, incluindo a filosofia, que é quase como começar do zero. Ferguson pode trabalhar muitos anos a partir da bancada fazendo um trabalho contínuo, a longo prazo. Aqui não é muito provável», destaca.
Os jogadores foram importantes para obter bons resultados. «Puyol representa o comandante e o espírito de equipa, generosidade. Também devo falar de Ronaldinho. Ele tem sido fundamental para trazer alegria e transmitir a ilusão. Foi muito importante. Com o Barça ele ganhou e perdeu. Mas sem Ronaldinho não ganhámos mais do que antes», finalizou.