* Enviado-especial do Maisfutebol aos Jogos Olímpicos
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Mal cruzou a meta, Rui Pedro lançou-se ao chão. Sem forças, quase em desespero. 123º classificado, tão longe dos resultados de Londres e do próprio recorde pessoal.

Minutos depois, ainda trémulo e frágil, partilhou com os jornalistas o que lhe ia na alma. Uma alma quase vazia.

«Chegar ao fim é bom. Vinha com outros objetivos, mas a Maratona é isto. Aos 15 quilómetros senti cãibras no músculo posterior direito. Geri só para chegar ao fim», disse Rui Pedro Silva.

«Meti na minha cabeça que tinha de chegar ao fim. Há coisas que não se explicam. Treinei bem, com muito calor. Comecei em maio depois de uma lesão. O primeiro mês foi complicado, mas após o Europeu estava bem, forte».

Questionar um homem nestas condições físicas é quase sádico. Mas ainda foram pedidas justificações para o dececionante desempenho.

«Justificar o rendimento numa Maratona é complicado. Hoje não era o dia».