Boa parte dos atletas, o presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) e o chefe de missão partiram hoje para o Rio de Janeiro com o objetivo de lutar por medalhas nos Jogos Rio 2016.

Numa comitiva composta por todos os atletas de judo, ténis de mesa e tiro, foram vários os que falaram aos jornalistas no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, entre os quais a judoca Telma Monteiro, que prometeu lutar pelas medalhas.

«A minha cabeça é sempre o pódio, sei que posso conseguir isso [medalhas] num bom dia, mas não sou a única que tem essas capacidades. Já percebi que não adianta ser favorita e merecer nenhum resultado. O mais importante já foi feito, agora, no dia da competição, é deixar o meu melhor em cima do tapete e perceber que é combate a combate que as coisas podem acontecer», afirmou a judoca.

Telma Monteiro não quis comentar os problemas logísticos e de organização que se vivem no Rio de Janeiro, mostrando-se totalmente focada na competição: «Estou confiante que tudo se possa resolver e o mais importante é haver um tapete, adversárias e um pódio, tudo o resto, os atletas já estão treinados para se abstrair.»

Já o mesa-tenista Marcos Freitas não quis falar em medalhas, mas mostrou-se confiante numa boa prestação lusa. «O ténis de mesa é uma potência mundial, as expetativas são altas, é difícil falar em lugares, posições ou medalhas, porque ainda não sabemos os adversários. O objetivo é entrar bem na prova e ganhar ronda a ronda. Não vou falar em medalhas, o importante é começar bem e o objetivo é estar concentrado», vincou.

Quanto ao presidente do COP, José Manuel Constantino, apontou algumas modalidades onde se podem conquistar medalhas.

«Há cinco ou seis modalidades [onde se podem alcançar medalhas]. A canoagem, o atletismo, futebol, taekwondo, o judo e, provavelmente, estou a esquecer-me de algumas. Creio que nestas modalidades há posições obtidas e a minha expetativa é que este momento inspirador do desporto português nos últimos tempos se possa vir a confirmar no Rio e que consigamos ter bons resultados», referiu.

Já o chefe de missão, José Garcia, comentou as dificuldades no Rio de Janeiro, que serão ultrapassadas «dia a dia».

«Esperamos que estes atletas, habituados a conquistar resultados de excelência a nível mundial, campeonatos do mundo e europa, consigam fazer o melhor resultado de sempre e façam aquilo que nós ambicionámos. Preocupámo-nos com o dia a dia. A baía do Guanabara não está como gostaríamos, existem outras dificuldades, extensíveis a todas as delegações», disse.