O ministro russo dos Desportos, Vitali Mutko, considerou hoje a rejeição do recurso à suspensão imposta pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), que confirma a ausência dos Jogos Olímpicos Rio2016, uma «decisão politica» e «sem fundamento jurídico».

O Tribunal Arbitral dos Desportos (TAS), em comunicado, confirmou «a validade da decisão da IAAF de aplicar as regras (...), segundo as quais os atletas de uma federação que esteja suspensa pela IAAF são inelegíveis para competições organizados sob as regras da IAAF».

«Só posso expressar a minha deceção. Vamos pensar sobre os próximos passos. Eu acho que é uma decisão subjetiva, política e sem base jurídica», disse o ministro russo Vitali Mutko à agência de notícias TASS, após conhecida a decisão de afastar o atletismo russo do Rio2016.

O Kremlin também já expressou o seu «profundo pesar» pela decisão do TAS, considerando inaceitável a ideia de responsabilização coletivamente que está patente na proibição de participação da equipa de atletismo russa no Rio 2016.

Por sua vez, a Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF) congratulou-se com a decisão hoje do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) em relação à não-participação dos atletas russos nos Jogos do Rio2016. 

«[A IAAF] Tomou uma posição forte na defesa do código da Agência Mundial Antidopagem (AMA), sem medo ou favores, e está satisfeita por o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) apoiar a sua posição”, refere o comunicado.

A federação russa e 68 atletas tinham recorrido da decisão da IAAF de suspender o atletismo russo de todas as provas, incluindo os Jogos Olímpicos, na sequência de um relatório independente da Agência Mundial Antidopagem (AMA), que revelou um sistema de dopagem apoiado pelo governo.

Os 67 atletas russos, cuja defesa foi feita pela saltadora Yelena Isinbayeva, tinham também recorrido para o TAS da decisão da IAAF de impedir que participassem no Rio 2016 como independentes.