O frio foi a nota de maior destaque no empate deste sábado entre o Rio Ave e a Académica, em jogo a contar para a 17ª jornada da Liga. As duas equipas nem sequer chegaram a aquecer e proporcionaram um espectáculo pobre no Estádio dos Arcos. A Académica não conseguiu vencer no mês de Janeiro, a contar para o campeonato, e o Rio Ave pode voltar a cair para a linha de água no final da jornada.

Carlos Brito deu sinais de não ter gostado da prestação da sua equipa em Braga e fez quatro alterações. Para além dos lesionados Jeferson e Tarantini também Kelvin e Bruno China ficaram de fora. Ederzito foi a grande novidade na equipa da Académica. A referência ofensiva dos «estudantes» voltou a estar às ordens de Pedro Emanuel, no fim de um mês em que se viu «amarrado» à teia do mercado.

Presentes em Vila do Conde estiveram clubes de Inglaterra, Espanha, Alemanha e o FC Porto. Tempo desperdiçado, terão pensado os representantes deste clubes que nem terão tirado a caneta do bolso para tirar notas.

Passar em revista os principais momentos do jogo e descortinar lances de perigo é uma tarefa árdua. Coisa para os chineses que estiveram a assistir ao encontro no âmbito de uma parceria estabelecida com o Rio Ave terem ficado de «olhos em bico» com aquilo a que assistiram.

A Académica acabou o jogo com apenas dez unidades; Flávio Ferreira agarrou o desinspirado João Tomás quando este ia isolado em direcção a Peiser. Chegou a pedir-se grande penalidade, mas a falta foi cometida fora da área.

O cronómetro ia correndo em direcção ao minuto noventa e o mercúrio do termómetro não havia maneira de subir. O jogo em nada ajudou e o ponto arrecadado por ambas as equipas não passa disso mesmo. Um ponto para juntar à conta, mas sem direito a festejos.

A Académica está com a cabeça noutras andanças. A Taça de Portugal é o objectivo dos estudantes, que já só pensam na deslocação a Oliveira de Azeméis. O Rio Ave vai tentando fazer pela vida, mas voltou a não ter estofo para se impor no Estádio dos Arcos e coleccionou mais um empate.

Pedro Emanuel ainda lançou em campo o reforço David Simão, mas tal como Fábio Luis e Danilo pouco ou nada acrescentaram ao terreno de jogo. Do lado do Rio Ave nem ousou fazer as três substituições e apenas Kelvin e Mendes tiveram oportunidade de quebrar o gelo, mas em vão.

André Gralha teve uma noite tranquila e não teve interferência directa no desfecho do jogo, apesar das grandes penalidades reclamadas pelos homens da casa. A Académica ainda não sabe o que é vencer para o campeonato em 2012. O Rio Ave ainda não pode parar para respirar. A cabeça está fora de água, mas o desenrolar da jornada pode voltar a fazer submergir o conjunto de Vila do Conde.