Em época de Páscoa, o Feirense foi a Vila do Conde decidido a matar o borrego e acabar com um longo jejum de uma dúzia de jogos sem vencer na Liga. A equipa de Santa Maria da Feira ainda não venceu em 2012, ou seja, há praticamente quatro meses.

A precisar de vitórias como de pão para a boca, a equipa da terra das fogaças não esteve longe de quebrar o jejum neste sábado, mas resvalou na inspiração pascal de Braga, que colocou o Rio Ave duas vezes à frente do marcador.

A formação vilacondense entrou melhor na partida e dominou para lá do primeiro quarto de hora, apesar de rarearem as ocasiões de golo. O Feirense reequilibrou, pressionando num bloco mais alto quando não tinha a bola e explorando bem os seus flancos ofensivos em lances de contra-ataque, onde Bedi Buval servia como referência mais ofensiva.

Ainda assim, acabou por ser a formação de Carlos Brito a adiantar-se no marcador numa combinação ofensiva em que João Tomás encontrou Braga, que solto na área, rematou forte e colocado para o golo. Para evitar injustiças ao intervalo, Buval não tardou até corresponder da melhor forma a um lance de bola parada, ao cabecear ao segundo poste sem hipóteses para Huanderson.

No segundo tempo Braga voltou a aparecer. Seguro, o médio dos vila-condenses converteu uma grande penalidade duvidosa que Jorge Ferreira descortinou numa falta de Varela sobre João Tomás. Protestos de um lado e festejos do outro, assim que Braga converteu o castigo máximo.

O jogo poderia ter ficado por aqui e o Feirense somaria a sua quinta derrota consecutiva na Liga. No entanto, Henrique Nunes estava determinado a não perder na sua estreia e a fazer valer a confiança que o seu sobrinho (o presidente do Feirense, Rodrigo Nunes) depositou em si, quando no início da semana o escolheu para substituir Quim Machado no comando técnico da equipa.

O treinador do Feirense fez saltar do banco Carlos Fonseca e Hélder Castro e demorou um par de minutos para que ambos correspondessem da melhor forma ao fabricarem o golo do empate, que valeu um resultado justo, garantido até ao final pelas mãos de Paulo Lopes.