A FIGURA: Joeano
Em dez minutos fez mais do que os dois pontas-de-lança titulares do Rio Ave. Obrigou José Sá a uma defesa extraordinária e fez o golo do empate.

NEGATIVO: futebol pobre
O Rio Ave quis jogar, tentou, mas só teve realmente qualidade até aos 20 minutos. O Marítimo baixou as linhas e só quis levar um ponto para a Madeira. Tudo junto deu um jogo de baixa qualidade e com golos só no fim. E é pena.

MOMENTO DO JOGO: dois golos no fim
Minuto 88, da sonolência reinante nasceram três lances marcantes. José Sá fez uma defesa do outro mundo para evitar o golo de Joeano, Heldon marcou no contra-ataque e, logo a seguir, o Rio Ave ainda teve forças para empatar. Por Joeano.

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OUTROS DESTAQUES:

Braga
Esclarecido e aplicado, vertical e perigoso. No papel jogaria sobre a esquerda, mas preferiu sempre o conforto das zonas centrais. Foi por aí que encontrou uma mão cheia de vezes espaço nas costas da defesa do Marítimo. Inteligente, lançou com qualidade os colegas, principalmente Ukra, mostrando confiança e qualidade nesse tipo de passes. Foi dos poucos capazes de elevar o nível de futebol num jogo frio e pobre.

Gegé
Poço de força e fantasia (por vezes excessiva) no centro da defesa madeirense. Tem um estilo incomum para um jogador da posição. Ganha os lances e tenta sempre sair a jogar com a bola no pé. Teve ações ótimas, determinantes, mas deve perceber os terrenos que pisa e o que pode ou não fazer. Está em Portugal desde 2008 (Sp. Pombal, E. Amadora, Trofense e Sp. Covilhã) e é por estes dias o elemento mais fiável no quarteto defensivo do Marítimo.

Luís Gustavo
Excelente pé esquerdo, excelente a forma como levanta a cabeça e percebe o que o rodeia, excelente a vontade de jogar e fazer jogar quem o rodeia. Deve perder alguns defeitos, mormente no processo defensivo, onde raras vezes se encolhe e não mete o pé. A qualidade técnica está toda lá, como se viu nos passes feitos, sempre redondinhos, durante o tempo em campo.

Danilo Pereira
Bom jogo do vice-campeão mundial de sub-20. Além do excelente remate aos 62 minutos, transportou muito jogo na equipa insular, criou desequilíbrios e correu até mais não poder. Um dos melhores em campo.

Sérgio Marakis
O pontapé arriscado aos 33 minutos daria um forte candidato a golo do ano. A bola passou perto da baliza do Rio Ave. Ganhou confiança, elevou o seu próprio ritmo e partiu daí para uma atuação regular na posição seis. Falhou alguns passes fáceis e aparenta alguma tensão com a bola no pé. A rever.

Marcelo
Muito, muito competente este central do Rio Ave. Rápido, agressivo, decidido, é o pilar do quarteto mais recuado. Um patamar acima de Roderick em quase tudo, pelo menos no jogo deste sábado.

Heldon
Com espaço é um diabo à solta. Experimentou o remate duas ou três vezes antes de receber um passe de Derley e bater, em contra-ataque, toda a defesa do Rio Ave para inaugurar o marcador.  E já leva nove golos no campeonato.