Cleiton
Trato fácil de bola, pontapé forte, sentido colectivo e uma facilidade de passe que faz a delícia de qualquer ponta-de-lança. Foi uma seta apontada no flanco esquerdo do ataque do Rio Ave: graças ao seu pé esquerdo, a contabilidade final dos vila-condenses fecha com saldo positivo. Duas assistências para golo feito, outras tantas jogadas de perigo, um nome para reter na memória - não Clayton, mas Cleiton, com «ei» -, porque irá dar muitas alegrias aos adeptos. A propósito, já ninguém se lembra de Evandro, pois não?
Niquinha
Nervo inesgotável de um veterano que não acusa o desgaste do tempo e continua a dar grande presença ao meio-campo do Rio Ave. Niquinha bateu-se como um herói: roubou bolas, correu quilómetros numa acção de desgaste entre a defesa e o ataque, fez valer a sua capacidade de passe e escreveu o seu nome na ficha do jogo graças a um cabecemento de belo efeito. Aos 34 anos, as pilhas ainda estão para durar¿
Gaúcho
Outro caso de longevidade para quem o futebol continua a ser quase uma actividade lúdica. Ninguém dá pela sua presença na área, mas a mobilidade coloca-o nas extremidades do campo e assim ganha espaço morto nas zonas centrais. Uma acção que fragilizou a mecanização dos centrais do V. Guimarães e surtiu efeito nos lances de contra-ataque. Um golo de cabeça a abrir o marcador e uma assistência preciosa para Marquinhos fechar a contagem premeiam uma exibição perfeita.
Rivas
Talvez a exibição mais colorida na oscilante equipa do V. Guimarães. Rivas evidenciou uma condução de bola e uma facilidade de drible que nem sempre foram bem aproveitadas pelos colegas. Um baixo centro de gravidade permite-lhe desenhar ziguezagues por entre os adversários, experimentando a táctica nos dois flancos, embora tenha pecado pela falta de entrosamento com os colegas. Mesmo assim, foi dos que mais tentou colocar a bola no coração da área.
Centrais vimaranenses
Uma defesa de papel que dobrou perante a persistência do ataque do Rio Ave, sempre mecanizado e bem assente em movimentações constantes e passes em profundidade. O V. Guimarães sofreu três golos, dois deles em cruzamentos para a área e um na sequência de um passe rasteiro a rasgar a linha defensiva. Lances em que os centrais Dragoner e Cléber pecaram pela lentidão de processos e foram pouco expeditos em termos de reacção e de marcação directa. A esta falta de mecanização junta-se a pouca capacidade ofensiva de Svard e ainda o sofrimento defensivo de Rogério Matias.
Cleiton, um nome a fixar
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