Declarações de Carlos Carvalhal, treinador do Rio Ave, na conferência de imprensa após o empate no Dragão, frente ao FC Porto (1-1), em jogo da 24.ª jornada da Liga:

«Queria dar os parabéns aos meus jogadores. Nove jogos invencíveis a igualar um recorde do clube que tem 38 anos e que é do tempo do saudoso Félix Mourinho. Neste momento levamos mais três pontos do que na primeira volta, que foi muito boa.»

«Preparámos bem o jogo. Houve muitos cruzamentos e o Kieszek e os centrais estiveram muito bem. Com o Nuno Santos, Taremi e Lucas Piazón na frente podíamos dar um jogo muito mais profundo, com mais transições. Acabou por ser um jogo muito difícil. Nos últimos minutos, com a entrada do Mané e do Gelson Dala, com um pouco mais de critério, podíamos chegar a mais um golo golo, o que seria muito injusto, porque o FC porto fez muito para tentar vencer.»

[Sobre situação em que Gelson fica estendido no relvado] «Adoro futebol. Sou pago para entreter pessoas. Nunca disse a um jogador meu para se atirar para o chão, perder tempo, fazer antijogo. Gostaria neste jogo de ser mais dominante com bola, mas jogámos contra uma equipa que não nos permitiu em determinada altura sair da nossa grande área. Mas depois, quando saímos com critério, criámos uma ou outra situação de pânico.»

[Sobre a abordagem tática ao jogo] «É natural uma equipa como o Rio Ave não é alvo de análise muito detalhada. O Rio Ave começa a época com um treinador a dizer que iria jogar baseada em conceitos e não num sistema. A partir desse momento, a alteração do sistema é uma coisa perfeitamente normal. Saímos a quatro, a três ou a dois, alternar com dois pontas-de-lança, um mais um, jogar pelos corredores ou por dentro é algo que a equipa percebe. Foi o desafio que foi lançado à equipa no início do ano. Levou-nos a perder jogos e pontos, mas dissemos aos jogadores que se interpretassem bem o que nós queremos iriam dar um salto tático individual e coletivamente. Hoje, quando o FC Porto tinha a bola no seu guarda-redes o Diogo Figueiras avançava para o meio-campo e jogávamos só com uma linha de quatro, quando o FC Porto passava essa barreira ele baixava com uma linha de cinco. A ideia era fazer rodar a bola no corredor e depois descobrir o contrário, que estava sempre desprotegido.»