Declarações de Carlos Carvalhal, treinador do Rio Ave, na conferência de imprensa após a goleada sobre o Desp. Aves na 3.ª jornada da Liga:

«Contra a Oliveirense [para a Taça da Liga] marcámos seis golos, hoje marcámos mais cinco. Foi um jogo bem preparado da nossa parte e em que tivemos muita determinação. Há quase dez anos que não trabalhava em Portugal, tenho de me readaptar a algumas coisas. Na jornada passada, os jogadores levaram demasiado à letra o que foi pedido no jogo contra o Famalicão. Só começámos a jogar a partir do momento que ficámos com dez. Hoje focámo-nos na nossa identidade, no que somos capazes de fazer, melhorámos a sair de trás. Tentámos surpreender o adversário com o posicionamento do Mehdi e do Diego. Tentámos colocar a bola entrelinhas no Diego, aproveitar a bola nas costas do adversário e fazer a equipa evoluir e jogar cada vez melhor. Mas tudo decorre da atitude dos jogadores, do profissionalismo, da concentração. Sem isto, não conseguiríamos.»

[Sobre a exibição de Mehdi Taremi, autor de um hat-trick] «Não gosto de individualizar, mas vou fazê-lo. Isto não é desprestígio para o Rio Ave ou para a Liga Portuguesa, mas o Mehdi é um jogador para outros voos. Ele estar aqui deveu-se a um conjunto de fatores. Pressão minha, da estrutura do clube, da ajuda do Carlos Queiroz e do tradutor do Carlos Queiroz foram determinantes para o convencer a vir para a Europa. Além disso, ele aceitou estar a ganhar 10 e vir a ganhar 1,5... Tinha mercado e capacidade para isso. Um jogador com 27 anos, titular da seleção do Irão, abdicar do dinheiro praticamente todo para se vir mostrar para a Europa só mostra que tem uma personalidade forte e uma autoconfiança muito grande. É um jogador acima da média. Acredito que vamos ter um Mehdi ainda melhor no futuro. É um jogador ainda em adaptação à língua e ao nosso futebol...»