O telemóvel não parou, as mensagens sucederam-se e as memórias ainda fervilhavam no cérebro. Esmael não teve uma noite tranquila. Pudera. Afinal, acabara de colocar, pela primeira vez na história do clube, o Rio Ave na fase de grupos da Liga Europa. E isto com um pontapé que…saiu mal.

As imagens foram esclarecedoras, mas o avançado vila-condense, que lançou a festa nos Arcos já para lá da hora, não teve problemas em admitir: não era bem aquilo que queria fazer.

«Vi a bola a cair entre os centrais e acreditei que ia sobrar para mim. É verdade que falhei o remate, queria enrolar a bola mas apanhei-a mal e acabou por ir por outro lado. Foi o falhanço mais acertado da carreira», brincou, em conversa com os jornalistas antes do treino desta sexta-feira.

O momento, contudo, não perde brilho por esse pormenor. «Foi o golo com mais sentimento da minha carreira», assume.

«A noite foi de festa, claro. Foi complicado adormecer. Estive com os amigos da equipa e a namorada a festejar. Já nos balneários tínhamos festejado com o presidente, diretor equipa técnica, toda a gente», revela.

A montra na Liga Europa e o crescimento fora de Portugal

Poucas horas depois da festa, o Rio Ave ficava a conhecer o futuro na Liga Europa. Dínamo Kiev, Steaua Bucareste e Aalborg são os adversários que saíam aos vila-condenses. Esmael não desanima.

«São equipas mais experientes do que nós, mas enquanto houver esperança vamos estar lá a trabalhar para isso. O que nós queremos é continuar em frente, mas vamos tentar jogo a jogo e logo vemos. Vamos trabalhar sempre para ganhar», prometeu.

Até porque eliminar o Elfsborg mudou alguma coisa: «Agora temos mais responsabilidade. A montra é maior agora, tanto para o clube como para a equipa.»