Luís Castro, treinador do Rio Ave, na conferência de imprensa após a vitória sobre o Estoril (0-2):

«Se olharmos às oportunidades ficou bem evidente ao longo do jogo que, realmente, estivemos aquém em termos de finalização. Podíamos ter avolumado mais o resultado, mas as falhas fazem parte do jogo. O objetivo foi cumprido: chegar a uma vitória e conquistar os três pontos. Não interessa mais ou menos golos, mas os três pontos.»

[Rio Ave joga mais do que aquilo que dizem os resultados?] «As equipas, por isto ou por aquilo, por vezes não conseguem traduzir em resultados o futebol que praticam. Jogar como jogamos e não traduzir em pontos essa qualidade deixa-me, enquanto treinador, com alguma tristeza interior, porque sinto que é deixarmos cair um pouco mais daquilo que podíamos fazer no campeonato. Nunca tinha pensado nisso. Mas sim, acho que sim, que podíamos andar um pouco mais acima.»

[Com Guedes a equipa ganha?] «O Guedes voltou, a equipa ganhou, mas na minha cabeça uma equipa ganha porque é uma equipa e perde porque é uma equipa. Não olho para os meus jogadores um a um, mas sim como um todo. Não irei olhar nunca o jogo pelo prisma da individualidade. Fomos, claramente, a melhor equipa em campo. Não querendo minimizar o Estoril, que vinha em crescendo, hoje apanhou um Rio Ave fortíssimo. Não foi porque teve este ou aquele, foi por ser uma equipa que jogou no campo todo. Quis dizer claramente à equipa que não íamos meter tração atrás e que era para continuar a jogar alto.»

[Comentário à exibição do Petrovic?] «Gostou? Eu também. Gosto de ter um seis na minha equipa, alguém que dê equilíbrio defensivo e comande o início da construção de jogo. Não gosto de individualizar, mas claramente que o Petrovic traz aquela serenidade que o jogo exige. Muitas vezes os jogos entram num caos e é ele quem nos traz serenidade e dá tranquilidade à equipa.»

[Europa?] «Sei lá se lá chegamos ou não. A nossa vida de treinadores tem tanto de imediatismo. Não consigo projetar o resto do campeonato. É tão hipótese ficarmos em sexto como continuar no oitavo ou ficar em 12.º lugar. De repente, as equipas desaparecem das mãos e temos de as recuperar. Mantenho o objetivo de ficar nos oito primeiros, gostava de ficar dentro dos oito primeiros. Agora é abordar o próximo jogo e fazê-lo de forma competente.»