Declarações do treinador do Rio Ave, Miguel Cardoso, na sala de imprensa do Parque Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos, após o empate ante o Moreirense (1-1), em jogo da 23.ª jornada da I Liga:

«Falámos no intervalo: era fundamental ganhar estabilidade emocional, que nos dá estabilidade comportamental. Acho que se calhar foi um bocadinho por isso que se falhou tantos golos. A equipa, em alguns momentos, não foi assertiva. Agora, isso é um lado da questão, mínimo. Há um outro lado que tem de deixar-me satisfeito, que é o foco que a equipa tem no seu crescimento, na forma como aborda os jogos. Assim que acabou o jogo, pude reunir os jogadores, transmitir isso mesmo, o sentimento que estava a viver, porque o balneário sentia alguma frustração e, nestes momentos, é fundamental dizer às pessoas que o que vai marcar-nos é a forma como vamos reagir ao que nos acontece.»

«Apesar de tudo é um ponto na nossa caminhada e é com base no nosso comportamento que temos que analisar o jogo. Agora, o nível de satisfação tem a ver com o resultado. Seria de inteira justiça que o Rio Ave levasse os três pontos, porque efetivamente fomos a equipa que criou mais situações e assentaria bem a vitoria no jogo.»

«Um resultado destes só pode ter boas consequências, porque o Moreirense estava quatro pontos à frente, se ganhasse ficávamos a sete. Viemos cá, competimos, mostrámos que fomos competentes. Temos de olhar para a realidade das coisas. Naturalmente, somos ambiciosos, mas a ambição é o que se põe em cada momento, no que se faz. Tive o cuidado [ndr: de falar], para reduzir o impacto das coisas, porque quando acontecem estas cosias, temos de estar unidos. Não estamos para rasgar pano, estamos para coser. Eu senti o balneário, porque amanhã temos treino e, daqui a sete dias, estamos a competir, noutro jogo difícil e esta Liga não está para meninos, está para homens. Sabem que há pedras na calçada, mas é preciso pegar nelas, pôr num montinho e subir. Tenho jogadores de caráter, é isso que espero amanhã a preparar o próximo jogo.»

[Substituição do Aderllan ao intervalo:] «O Aderllan deu um sinal no final da primeira parte, foi assistido, acabou a primeira parte e, ao intervalo, sentimos que era benéfico não pô-lo a jogar. Não tenho expectativa que seja grave.»