Roberto Pinto estreou-se este sábado com a camisola do Arminia Bielefeld, clube da I Divisão alemã. Após ter ficado sem clube durante cerca de meio ano, o extremo português regressou à competição, tendo jogado quinze minutos na derrota com o Borussia Moenchengladbach.
«Estive todo o verão sem clube, porque houve uns problemas no Hertha de Berlim e acabei por não renovar contrato. Depois, acabei por ficar sem equipa durante meio ano, mas surgiu a hipótese do Arminia. Treinei com eles três dias em Bielefeld, depois segui para o estágio em Espanha e assinei contrato por um ano e meio», contou ao Maisfutebol, aproveitando ainda para explicar o que correu mal em Berlim:
«Na época passada joguei os últimos 14 jogos e quatro semanas antes do campeonato terminar o Dieter Hoeness [director-desportivo do Hertha] fez-me uma oferta de renovação, que eu estava disposto a aceitar. No entanto, depois do último jogo, chamou-me e disse que o novo treinador, o Falko Gotz, não pretendia contar comigo, por isso não iriam renovar. Não contava, porque já tinha a minha vida programa, por isso foi um enorme balde de água fria».
Durante o longo tempo de ausência da competição, o ex-internacional sub-21 português treinou no Reutlingen para manter a forma e até recebeu convites de clubes portugueses, que acabou por não aceitar, porque, para já, pretende continuar a jogar na Alemanha. «Optei por ficar à espera de uma oportunidade, mas a verdade é que não contava ficar tanto tempo parado. Comecei no Estugarda e depois assinei por um clube grande que era o Hertha. Agora, estou num clube mais pequeno, mas que me dá a oportunidade de mostrar valor e, mais importante do que tudo, jogar», referiu.
Pelo caminho, ainda surgiu a proposta do Boavista, que acabou por não se concretizar. «Tive a hipótese de jogar em Portugal, porque o meu empresário é o Bukovac, que mora em Lisboa, mas preferi ficar por cá, porque tenho aqui a família e a namorada. Sei que havia alguns clubes interessados e o Boavista esteve perto de me contratar, mas recusei, porque quero permanecer na Alemanha mais três ou quatro anos e depois, sim, pensar em jogar em Portugal», referiu o avançado de 26 anos.
Equipa pensa na permanência
O Arminia Bielefeld não é um clube grande na Alemanha, mas está a tentar encontrar o seu espaço na Bundesliga. Roberto Pinto acredita que é possível fazer bom campeonato agradável. «Temos uma boa equipa e já mostrámos na primeira volta que sabemos jogar bom futebol, ofensivo e bonito. Penso que nesta segunda etapa do campeonato podemos subir um pouco mais na classificação», abordou.
Quanto às referências da equipa, o português não tem dúvidas. «Delron Buckley é a nossa principal figura. Marcou muitos golos e tem revelado ser um grande jogador, depois de ter tido pouca sorte nos últimos tempos que passou no Bochum», abordou, referindo-se ao extremo-esquerdo sul-africano, oferecido recentemente ao F.C. Porto, mas liminarmente rejeitado pela administração da SAD, que preferiu reforçar-se com Cláudio Pitbull. Buckley é internacional pelo seu país e foi convocado pela FIFA para estar no jogo de beneficência para ajudar as vítimas do Tsunami, que terá lugar no Nou Camp, em Barcelona. Companheiro de McCarthy nos Bafana-Bafana, é considerado comunitário, por ter passaporte alemão.