No Grasshopper nem todos eram desconhecidos. Como Roberto Pinto, um extremo português que fez toda a sua carreira no estrangeiro, quase sempre na Alemanha, e está agora na Suíça. Em Braga teve o apoio de «tios, tias, primas» e até os pais, que apesar de viverem em terras germânicas, aproveitaram para passar uns dias de férias em Portugal e ver o seu filho em acção.
Apesar de ter perdido, Roberto só tinha motivos para sorrir no final do encontro. Sente que também ganhou alguma coisa, porque o futebol português voltou a vencer na Europa: «Chegamos a Braga para fazer um bom jogo e despedir-nos dos nosso adeptos da melhor forma. Criámos dificuldades, mas é claro que preferia que o Braga passasse em vez do Liberec. Espero que passe mais uma ronda, porque quem ganha também é o futebol português».
Roberto conta ainda um pormenor interessante, que serve para ilustrar um pouco o sentimento vivido ao longo do jogo, que o fez desperdiçar uma grande oportunidade quando só tinha Paulo Santos pela frente.
«Para mim foi um bocado difícil. Na primeira parte o Jorge Costa e o treinador estavam sempre a dizer "Pinto calma", a pressionar. Sou português e é sempre bom que uma equipa portuguesa siga em frente. Fiquei contente», salientou, lembrando que esta «foi a segunda vez» que defrontou conjuntos nacionais [a primeira foi com o Boavista em 2003]: «É sempre bom vir aqui para estar no meu país. Fiquei muito contente».