Rochinha, jogador do V. Guimarães, ficou agastado com o comportamento dos adeptos do Boavista no duelo entre as duas equipas (1-1), realizado nesta sexta-feira à noite, no Estádio do Bessa.

O médio ofensivo revela que foi novamente confrontado com cânticos sobre a morte da mãe, falecida em fevereiro de 2019. 

«Amo o futebol e tenho a noção de todas as emoções que estão envolvidas num jogo. Tinha noção do ódio que causou a minha mudança e estava preparado para ouvir insultos. Infelizmente, isto também é futebol e até aqui consigo entender e aceitar. Mas, e já pela terceira vez, ouço cânticos a festejar a morte da minha mãe», lamenta Rochinha, nas redes sociais.

O jogador do V. Guimarães critica igualmente a «passividade da Liga»: «O que é isto? Não é futebol. Não é o meu futebol nem pode ser o futebol que o meu filho vai assistir quando crescer. Este comportamento só demonstra o quão pequeninos são os que conseguem cantar algo do género. A passividade da Liga também me incomoda muito, principalmente por não ser a primeira nem a segunda vez a que sou sujeito a isto. Este tipo de comportamento tem de ser punido com severidade para que, nem eu, nem nenhum dos meus colegas de profissão, tenhamos de passar por isto.»

Recorde-se que Rochinha trocou o Boavista pelo clube vitoriano em janeiro de 2019, algumas semanas antes da morte da mãe.

Em comunicado, o Vitória de Guimarães também lamentou o incidente no Estádio do Bessa: «O futebol não pode ser o palco onde as frustrações pessoais são libertadas. O futebol é muito mais bonito e merece muito mais de todos nós. Adeptos, jogadores, dirigentes, todos têm um papel a fazer nesta luta pela limpeza da imagem do futebol português, e punir severamente este tipo de comportamentos, com sanções agravadas para quem prevarique, torna-se cada vez mais premente.»

«Torna-se impreterível erradicar este tipo de comportamentos, para que possamos, dentro e fora de portas, ser vistos por tudo aquilo que de bom fazemos», conclui o emblema minhoto.