Médio serra-leonês Rodney Strasser explica por que motivo veio para o Gil Vicente, como é a vida em Barcelos e o objetivo para esta época na II Liga Portuguesa na segunda parte da entrevista ao MAISFUTEBOL.

«‘Ibra’ era como irmão mais velho; Seedorf como um pai» [parte 1 da entrevista de Rodney Strasser]

Conversámos sobre as suas origens, sobre o Milan e os clubes que se seguiram. Falta falar sobre o presente e sobre Portugal. Como veio parar ao Gil Vicente e à II Liga?

Vim para o Gil Vicente devido a um contacto com o Génova, que me propôs a cedência. Não conhecia nada sobre o clube, para ser honesto. Já tinha tido uma oportunidade de vir para Portugal há dois anos para o Olhanense, quando eles estavam na I Liga, mas não se concretizou e acabei por ficar em Itália. No entanto, gostaria de jogar na Liga Portuguesa.

Estava a habituado a viver em Milão. Como está a adaptar-se em Barcelos?

As pessoas são amigáveis e como muito arroz, tal como no meu país. [risos] É uma cidade pequena, vivo num hotel e não tenho muito que fazer, mas durante a semana também não tenho muito tempo livre entre os treinos. Fui uma vez ao Porto, cortar o cabelo, estive também uma vez em Braga. Estou aqui para jogar e o mais importante é trabalhar.

Vem com que objetivo para o Gil Vicente?

Quero competir com regularidade para poder voltar a um nível mais alto. Vim para cá para poder jogar mais e finalmente recuperar a forma e voltar a ser o jogador que era. Quero pôr a minha experiência ao serviço da equipa, que está acima de tudo.

Como tem sido a sua relação com os seus colegas de equipa?

Tento facilitar a minha relação com os outros jogadores, somos da mesma idade e brincamos muito. Gosto de ouvir. E ouço muito o treinador Álvaro Magalhães e os meus colegas de equipa. Dou o que posso dar e aprendo também com o que eles me podem dar a mim. O essencial e o mais positivo é poder estar aqui e poder recuperar a minha forma jogando regularmente.

Já tem uma opinião formada sobre a II Liga?

As equipas são quase todas do mesmo nível e o campeonato é longo. Na I Liga, já vi alguns jogos, notam-se as diferenças dos quatro clubes da frente para os restantes. Apesar de jogarem nas competições europeias a meio da semana, nota-se uma grande diferença. Em Portugal o futebol é técnico. Não é tão tático como em Itália. Mas gosto bastante e penso que me estou a adaptar bem. Vamos ver como corre a época.