O uruguaio Cristian Rodriguez, do F.C. Porto, foi expulso frente à Argentina, no jogo que decidiu o apuramento da equipa de Maradona para o Mundial-2010. Já depois de o paraguaio Carlos Amarilla apitar para o final do jogo, o extremo do F.C. Porto agrediu Gabriel Heinze. Ainda no Uruguai explicou o gesto e revelou que o clube não o queria deixar jogar a partida.
A agressão a Heinze deixa o «Cebola» fora do Play-off com a Costa Rica. «Por isso peço desculpa aos adeptos, que sempre acreditaram em mim e na equipa, e peço também aos meus companheiros, porque seguramente vão-me castigar com mais do que um jogo, já que me mostraram o cartão vermelho directo», declarou ao «Ultimas Noticias».
O camisola dez do F.C. Porto contou depois o lance com Gabriel Heinze: «Foi uma discussão. Ele vinha para me agredir, mas eu antecipei-me. Foi ele a procurar-me e, se não lhe desse eu, era Heinze que me dava.»
Depois, a revelação de que o clube portista não facilitou a ida do «Cebola» ao Uruguai. Diga-se que o esquerdino do F.C. Porto viajou apenas no fim-de-semana para Montevideu, depois de o clube o ter dado como apto, como esperava o seleccionador Oscar Tabarez. «Nos últimos 15 dias, vivi momentos muito complicados porque não me queriam deixar vir defender a selecção», começou por dizer. «Tive de lutar muito em Portugal para vir e, depois, chegar cá e não ganhar, é um pouco difícil», disse.
Cristian Rodriguez diz que a soma de todos estes factores influenciaram o seu estado de espírito. «Foi isso, junto à impotência de ter perdido e a ele ter-me vindo provocar», argumentou, para depois concluir as críticas a Heinze: «Ele gosta de provocar, e se eu não me antecipasse, ele agredia-me. Foi algo de pessoal. Ficámos cara a cara, ele procurou-me e eu defendi-me. Há sempre confusões nestes jogos, mas ali não tive tempo suficiente para acalmar-me. São erros que se cometem.»